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Sousa Gomes pediu ao ministro Isaltino Morais (à direita) um reforço das verbas

Muito pouco para o muito que há a fazer

Associação de Municípios da Lezíria vai gerir mais de 27 milhões de Euros

O contrato que atribui a gestão de 27 milhões de euros de Fundos Comunitários à Associação de Municípios da Lezíria do Tejo foi assinado Terça-feira de manhã em Santarém. O dinheiro destina-se a investimentos na área das acessibilidades, equipamentos, valorização ambiental e patrimonial, mas não chega para as encomendas como fez questão de salientar o representante dos municípios, Joaquim Sousa Gomes. “É um terço do que recebemos há dois anos”. O ministro Isaltino Morais deu esperanças de vir mais algum dinheiro para o abastecimento de água e saneamento.

A Associação de Municípios da Lezíria do Tejo (AMLT) vai gerir 27.326.642,62 euros até 2006 no âmbito do Eixo 1 dos fundos comunitários. O contrato que atribuiu a gestão técnica e administrativa e financeira à associação foi assinado terça-feira na sede da AMLT em Santarém, com a presença do ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, Isaltino Morais. O dinheiro a ser investido nos concelhos que fazem parte da associação está distribuído por três áreas: Acessibilidades e equipamentos, Valorização ambiental e patrimonial e Capacidade institucional, constituindo assim as Medidas 1,2 e 3 do Eixo 1. A maior parte vai ser gasta em acessibilidades e equipamentos com um total de 17.120.932,42 euros. Na valorização ambiental e patrimonial serão investidos 9.462.641,18 euros. No que toca à capacidade institucional estarão disponíveis 743.069,02 euros. No primeiro caso as verbas destinam-se a apoiar projectos que visam a melhoria das condições de trânsito e beneficiação das estradas secundárias. O reforço no apetrechamento dos centros urbanos com novos equipamentos é outro dos objectivos. Neste caso está prevista a construção de 4 equipamentos de lazer e desporto, 5 equipamentos culturais e 8 intervenções em escolas do ensino básico. Em termos da valorização ambiental e patrimonial a grande prioridade é o reforço dos sistemas de abastecimento público de água. Pretende-se ao mesmo tempo aumentar a taxa de cobertura em termos de tratamento de águas residuais para 80 por cento. Para além disso estão também previstos investimentos na área da construção de áreas verdes e espaços de lazer. Na medida 3, que diz respeito à capacidade institucional, o objectivo é contribuir para melhorar a competitividade da sub-região no quadro nacional e internacional. Neste caso os 743.069,02 euros vão ser gastos em acções de divulgação e promoção, elaboração de cartas temáticas, publicações, edição de material promocional e realização de seminários internos e externos. DINHEIRO NÃO CHEGA PARA AS ENCOMENDASApesar de considerar que o montante do investimento é importante para os municípios da Lezíria do Tejo, o presidente da AMLT, José Sousa Gomes, realçou que se assinou um contrato “equivalente a um terço do que se fez em dois anos”. O que quer dizer que alguns projectos vão ter que ficar na gaveta à espera de outros financiamentos. Nesse sentido Sousa Gomes, que é também presidente da Câmara de Almeirim, realçou que o municípios desta sub-região “estão em dificuldades para responder às necessidades das populações”. “Os autarcas estão sorridentes e contentes com a presença do senhor ministro, mas a cara que eles fazem é pior do que há dois anos”, comentou o presidente da AMLT solicitando um reforço das verbas. O ministro Isaltino Morais acabou no entanto por dar uma palavra de esperança. “Iremos fazer o possível para reforçar algumas áreas, nomeadamente as que consideramos mais prioritárias e que são o abastecimento de água e saneamento. Faz todo o sentido apoiar investimentos destes”, sublinhou, acrescentando que os investimentos a cargo dos municípios têm uma boa execução. Isto ao contrário do Estado onde se têm “registado constrangimentos devido a rigor orçamental que foi imposto”. A terminar foram também assinados contratos-programa de apoio a obras nos concelhos do Cartaxo e Santarém. No caso do Cartaxo vão ser investidos 4,9 milhões de euros na valorização urbana da cidade e na reabilitação do cine-teatro. Em Santarém 2 milhões e trezentos mil contos destinam-se a obras de recuperação do centro histórico e na reabilitação do cine-teatro Sá da Bandeira.Recorde-se que a AMLT é constituída pelos municípios de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém e Vila Franca de Xira.
Sousa Gomes pediu ao ministro Isaltino Morais (à direita) um reforço das verbas

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