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A evolução do distrito em números

Estudo feito pela Nersant no período 1994/2001

A Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) vai brevemente publicar em livro um inquérito que efectuou junto do tecido empresarial regional e que dá conta da evolução económica do distrito no período de 1994 a 2001. Mas na sexta-feira, durante as Segundas Conferências Empresariais, foi levantado já um pouco do véu sobre o estudo.

E ficou a saber-se por exemplo, que o PIB per capital cresceu acima da média nacional e mais que a zona do Pinhal Litoral (Leiria), Oeste e a própria Península de Setúbal. O mesmo se passa relativamente à produtividade do distrito, superior à média nacional e superada apenas pela região de Setúbal.O número de empresas na região cresceu 37 por cento – foram constituídas 8600 novas empresas entre 1995 e 2000 e criados mais 4200 postos de trabalho, uma subida de 5,5 por cento.Todavia, como salientaram os responsáveis da Nersant, três quartos deste acréscimo de emprego ocorreu em apenas três concelhos – Ourém, Santarém e Benavente. Ourém é aliás já o segundo concelho no distrito em volume de emprego, logo a seguir a Santarém.De acordo com os dados obtidos pela associação o já famoso triângulo Torres Novas/Abrantes/Tomar manteve, neste período a sua tradição na área industrial e abarca 30 por cento do emprego do distrito, se incluirmos também Ourém, Entroncamento e Barquinha. A distribuição do emprego está muito concentrada nesta região que forma não um triângulo já mas mais um hexágono.Em relação à dimensão das empresas, apenas Torres Novas e Vila Nova da Barquinha viram aumentar a dimensão média das suas empresas. Ao contrário, Tomar, Entroncamento e Almeirim, assistiram a uma forte redução da dimensão das empresas.O comércio e a hotelaria foram os sectores onde se criaram mais empresas e a esse nível a indústria transformadora foi a que registou maior quebra, o que foi considerado positivo pelos responsáveis da associação, uma vez que este é um fenómeno típico das economias mais desenvolvidas. No entanto, as empresas transformadoras mantêm valor acrescentado na região.A vocação exportadora aumentou nos sectores dos curtumes, mobiliário, produtos metálicos e agro-alimentar, diminuindo no entanto nas indústrias da madeira e nos têxteis. Ao nível das exportações apenas o sector agro-alimentar exportou acima da média nacional.Denotou-se também um interessante dinamismo empresarial no que diz respeito ao investimento. De 1994 a 1999 o investimento corpóreo no distrito foi de 120 milhões de contos, tendo 84 milhões sido induzidos pelo sistema de incentivos.Nos primeiros três anos do III Quadro Comunitário de Apoio (2000/2002) o investimento feito através do Programa Operacional de Economia (POE) foi de 40 milhões de contos, mantendo-se assim a tendência verificada no I QCA, apesar de terem sido somente aprovadas 38 por cento das candidaturas apresentadas.Apesar destes factores positivos demonstrados pelo estudo, há todavia algumas situações preocupantes, como a manutenção do reduzido peso das empresas na exportação – só 540 empresas exportam.As compras ao exterior aumentaram também 85 por cento e as vendas apenas 60 por cento. A taxa de cobertura das importações pelas exportações caiu de 66 para 57 por cento. E o déficit de transacção com o exterior aumentou de 38 milhões para 89 milhões.Os processos de internacionalização das empresas do distrito são insignificantes e há também uma ligeira inflexão na tendência de crescimento da produtividade desde 1997.A par destes números menos risonhos, o crescimento demográfico ficou ainda abaixo da média anual e houve apenas um aumento moderado na habitação.

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