
Calcidrata é a Empresa do Ano
Iniciativa da Nersant e de O MIRANTE realiza-se pela terceira vez
A Calcidrata foi a vencedora deste ano do prémio Galardão Empresa do Ano, uma iniciativa da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) e de O MIRANTE. A empresa de Alcanede destronou assim a Celulose do Caima que nos dois últimos anos tinha arrecadado o galardão. Na entrega do Galardão, que decorreu na última sexta-feira em Torres Novas, no âmbito das Segundas Conferências empresariais da Nersant, o presidente da associação deixou bem claro que o prémio Empresa do Ano não está destinado às grandes empresas do distrito mas às empresas que demonstrem merecê-lo.
“Não sei porquê mas instituiu-se a ideia de que o Galardão era um prémio apenas ao alcance das grandes empresas, aquelas cujo nome é conhecido a nível nacional. A vencedora deste ano prova que esse é um conceito errado”, referiu José Eduardo Carvalho, presidente da Nersant, na altura da entrega do Galardão Empresa do Ano, que decorreu na última sexta-feira, em Torres Novas.A Calcidrata, Indústria de Cal, foi a empresa escolhida este ano para receber o Galardão. Uma empresa desconhecida da maioria dos empresários da região mas muito conceituada, e com provas dadas, no seu ramo de actividade.Constituída em 1981 por um grupo de 12 empresários ligados à indústria da cal, na localidade de Pé da Pedreira, Alcanede, a Calcidrata destacou-se logo desde início pelo seu grande número de sócios, facto demonstrativo de uma visão empresarial diferente, executando uma iniciativa inédita de cooperação empresarial.Em 1994 dois dos sócios gerentes adquirem uma posição maioritária, imprimindo uma nova dinâmica de expansão e gestão da empresa. Três anos depois constituem a Transicálcio, com o objectivo de prestar apoio logístico nos escoamentos e abastecimentos. Em 1998 a empresa transforma-se em sociedade anónima e em 99 expande o seu negócio para as rochas ornamentais.Actualmente a Calcidrata possui duas pedreiras e é das poucas empresas, a nível nacional, que utiliza nos seus fornos um combustível ecológico, feito de resíduos da indústria corticeira, enquanto aguarda a chegada do gás natural.Foi ainda a primeira empresa do sector da cal, a nível nacional, a conseguir a certificação da qualidade e está neste momento a efectuar a passagem para a norma ISSO 9001.2000.Recentemente virou-se para o mercado externo, iniciando a exportação e está a analisar um projecto de internacionalização nos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Dá emprego a 28 trabalhadores e tem um volume de negócios de três milhões de euros.Os outros prémiosSe a empresa do ano é do sector da cal, a PME do ano pertence ao sector das madeiras e está localizada exactamente numa região onde este é o sector mais importante – no concelho de Ourém.A Euromolding foi fundada há apenas quatro anos e tem uma estrutura familiar. A sua instalação, na zona industrial de Ourém, levou a um investimento de mais de 1,5 milhões de euros, tendo sido apoiada pelo Pedip.O êxito da Euromolding deve-se à aposta de produção dum produto diferenciado e de qualidade – portas interiores maciças em MDF para lacar e em pinho nórdico vermelho.Com uma facturação que ronda os 1,5 milhões de euros emprega 33 pessoas e direcciona toda a sua produção para o mercado externo, concretamente para a Holanda.Novos investimentos nas áreas de produção e armazenagem e a obtenção da certificação de qualidade são os projectos da empresa a curto prazo.Provando que os projectos de sucesso do distrito não se cingem apenas a uma ou duas zonas geográficas o prémio Micro Empresa do Ano ficou este ano em Alpiarça, nas instalações da Gabriel Feijão, uma pequena empresa fundada em 1995 que se dedica à comercialização de materiais de construção.Foi já no início desta década que a Gabriel Feijão conheceu a sua fase de maior expansão, quer a nível de investimentos quer de resultados. No ano passado estabeleceu uma parceria e começou as suas exportações para França, comercializando mosaicos e tintas para os novos Ecomarchés.A nível nacional a Gabriel Feijão focaliza o seu mercado nas zonas de Leiria, Montemor-o-Novo, Abrantes e Porto Alto.As novas instalações, na zona industrial de Alpiarça, surgiram em Outubro de 2002 e já este ano a empresa alargou o seu leque de produtos estendendo-o aos materiais e acessórios de casa de banho.Com nove trabalhadores e 900 mil euros de volume de negócios anual, a Gabriel Feijão prepara-se para iniciar a sua exportação para Angola.Desde que a Nersant decidiu premiar os empresários da região que demonstrem maior dinamismo e visão de futuro os jovens empresários nunca foram esquecidos. É por isso que a associação instituiu também um prémio de incentivo a quem está a iniciar um negócio.Como é o caso dos dois irmãos de Lapas, concelho de Torres Novas, que receberam na sexta-feira o prémio de Jovem Empresário. Vasco e Alexandre Alves têm actualmente 34 e 35 anos, respectivamente, mas tinham pouco mais de 20 quando constituiram a Fumaça, que se dedica à impressão, serigrafia e tampografia.São actualmente sócios de três empresas e desenvolvem actividades como a decoração de stands de feiras, fabrico de expositores, decoração de viaturas ferroviárias e rodoviárias e ainda a decoração de lojas. O seu projecto imediato é a transferência das instalações actuais para Moitas Vendas, no concelho de Alcanena.Se os jovens não foram esquecidos, os empresários que continuam a trabalhar apesar de já terem idade para a reforma também marcaram presença, através do prémio Carreira Empresarial.E este ano o galardão ficou nas mãos do empresário de Tomar João Salvador, sócio-gerente de todas as empresas do grupo que fundou há 30 anos.Actualmente com 73 anos João Salvador ainda comanda os destinos de uma dezena de empresas que actuam essencialmente em três áreas de negócio – extracção de inertes e produção de produtos derivados, comercialização de betão pronto, artefactos de cimento e ainda serviços de construção civil.O grupo a que preside tem um volume de negócios de 27 milhões de euros e emprega cerca de 450 trabalhadores. Obter a certificação de qualidade e efectuar a montagem de uma nova central de betão estão entre as prioridades de investimento a curto prazo.Maria Madalena Marques é a Mulher empresária do anoSão poucas ou pelo menos o seu trabalho é menos visível no tecido empresarial regional. Mas fazem o seu trabalho tão bem como os homens. Falamos das mulheres empresárias do distrito, em quem a Nersant também aposta.Na última sexta-feira Maria Madalena Marques representou todas as mulheres da região, ao receber o Galardão de Mulher Empresária. Nascida há 47 anos no concelho de Ferreira do Zêzere, Maria Madalena Marques iniciou a sua actividade empresarial em 1977, com a abertura de uma loja no ramo da óptica em Tomar, a Óptica Alípios.E o negócio cresceu de uma forma tão favorável que em 1995 a empresária abre um segundo estabelecimento em Ferreira do Zêzere. Um ano depois segue-se Abrantes e mais recentemente Leiria.As diversas lojas de que é sócia têm um volume de negócios de 1,5 milhões de euros e empregam 20 funcionários. Entre os projectos futuros da empresária está a abertura de uma segunda loja em Abrantes.Os prémios deste ano foram patrocinados por duas instituições financeiras – CGD e BES - , pela Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCRLVT), grupo segurador Generali, Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT) e Associação de Municípios da Lezíria do Tejo (AMLT).José Silva Lopes, Mira Amaral, Tavares Moreira e Augusto Mateus, quatro ex-ministros que participaram nas Segundas Conferências Empresariais da Nersant, entregaram os prémios.

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