O Hospital de Nossa Senhora. da Graça em Tomar, um dos três que fazem parte do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), vai deixar de prestar consultas de ginecologia e de obstetrícia caso não sejam tomadas medidas para substituir a médica Fátima Matias que entra em aposentação a partir do dia 1 de Setembro. O MIRANTE procurou obter respostas junto da administração do CHMT mas a resposta não chegou até ao fecho desta edição. Fátima Matias era a única obstetra que acompanhava mulheres grávidas no Hospital de Tomar após a reforma do médico Gama Mendes, que trabalhou durante mais de 30 anos nessa área. A situação pode obrigar mulheres que necessitem de ser observadas por um ginecologista ou as grávidas que necessitem de consultas a deslocarem-se a Abrantes, onde está concentrado o serviço de obstetrícia, ou a recorrerem a consultas particulares.“Não é líquido que deixe de haver consulta. Por exemplo, em Torres Novas onde também faltam profissionais dessa especialidade, há médicos que vêm de Abrantes fazer consultas”, aponta a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, confirmando no entanto que a clínica se vai aposentar pelo que está preocupada com a situação. A comissão vai reunir para averiguar que medidas vão ser tomadas para assegurar a continuidade destas consultas no Hospital de Tomar. O esvaziamento das valências do Hospital de Tomar já motivou uma tomada de posição por parte da Assembleia Municipal de Tomar, em 2009. Os eleitos referiam que o Hospital de Tomar “é o melhor apetrechado dos três hospitais e o que tem maiores instalações pelo que não é compreensível, nem aceitável que tal situação aconteça, manifestando “a sua firme oposição ao desvio de valências, de recursos e de serviços do Hospital de Tomar para os dois outros hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo, bem como o subaproveitamento de valências”.