Moradores de Alcoentre querem minimização dos impactos das obras de saneamento
Obra de remodelação da rede de esgotos custa 265 mil euros e vai durar até ao final do ano
Os moradores da vila de Alcoentre, concelho de Azambuja, estão revoltados com a forma como estão a decorrer as obras de remodelação da rede de saneamento básico e exigem que a câmara municipal adopte medidas de minimização dos impactos.
Quem reside em Alcoentre, concelho de Azambuja, exige que sejam implementadas medidas minimizadoras do impacto das obras de remodelação da rede de saneamento básico que estão a ser realizadas em diversas ruas da freguesia.A obra, orçada em 265 mil euros e da responsabilidade da Águas da Azambuja, teve início em Julho e tem como objectivo dotar Alcoentre de uma nova rede de esgotos que permita ligação à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). A conclusão dos trabalhos está prevista para o final do ano. Quem vive nas ruas afectadas queixa-se do pó, barulho, estremecimentos e condicionalismos de trânsito. Problemas que são sempre sentidos neste tipo de intervenções.“Não custava nada regar duas ou três vezes ao dia as ruas para não se levantar tanto pó e era bom que quem está a fazer as obras tivesse mais cuidado com as pedras que saltam para as janelas das casas e para os carros”, critica o morador Júlio Pimenta.Na rua Conselheiro Arouca foram feitos buracos que ficaram tapados com tuvenan. A passagem frequente de automóveis levanta constantes nuvens de pó que estão a deixar os moradores indignados. “Não posso sair de casa para ir à loja que fico logo cheia de pó de alto a baixo. Os próprios condutores são uns insensíveis. Passam aqui a cem à hora”, acusa Odete Pires.O vereador da Câmara Municipal de Azambuja, Silvino Lúcio (PS), admite a existência de condicionantes mas relembra que antes do início das intervenções foi feita uma sessão de esclarecimento à população. “Toda a gente ficou a saber o que iria acontecer e porquê. Inclusivamente concertámos com o presidente da junta quais seriam as ruas a intervencionar nas diversas datas para que não causassem distúrbios na festa da freguesia”, informa. O autarca confirma que nos primeiros dias de Agosto chegaram várias queixas à câmara mas garante que foram feitas regas frequentes para minimizar os impactos do pó. O objectivo desta intervenção é evitar que as águas pluviais sejam enviadas para a ETAR, juntamente com os esgotos. “De outra forma estaríamos a enviar a água da chuva para tratamento na ETAR e isso seria um desperdício de dinheiro”, explica. A rede antiga vai continuar no subsolo mas apenas para receber e encaminhar as águas pluviais para as diversas ribeiras.Actualmente a obra decorre na rua do Alto da Calçada, próximo do centro escolar e chega à rua Condestável. A circulação automóvel está interrompida e o desvio obriga a passar por uma zona areia e terra.
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