A União Desportiva da Chamusca nasceu há 25 anos da fusão de três colectividades, Sporting Chamusquense, Sport Chamusca e Benfica e Grupo Juventude Chamusquense, e passou durante muito tempo por várias crises financeiras, desportivas e organizativas. Há pouco mais de um ano foi eleita uma direcção que apostou forte nas três áreas e agora o clube está a regressar ao futuro.“Quando em Junho de 2013 resolvemos avançar para a frente dos destinos do clube sabíamos bem o que vínhamos encontrar. O União estava a definhar, desorganizado, caminhava para o fim, daí termos apostado numa direcção que conseguisse encontrar formas de inverter a situação. A nossa prioridade foi organizar e em apenas um ano conseguimos colocar novamente o clube no bom caminho”, disse o presidente da União Desportiva da Chamusca, Fernando Santos.A direcção presidida por Fernando Santos tem-se mantido unida e isso permitiu criar condições para avançar para um desenvolvimento mais forte do futebol. “Criámos condições para trazer até nós mais jovens, voltámos a ter vários escalões de formação, desde os petizes até aos infantis, e avançámos também para a constituição de uma equipa sénior capaz de dignificar a camisola do clube e a vila da Chamusca”, referiu Fernando Santos“Antes de tomarmos posse fomos informados de que a situação financeira estava controlada, na assembleia eleitoral foi apresentado um mini relatório de contas que apontava para haver em caixa uma importância de menos de um euro, mas que não haviam dívidas. Infelizmente isso não era bem assim, ao longo destes meses de mandato foram aparecendo dívidas de milhares de euros e cujos pagamentos já ultrapassam mais de três mil euros”, disse o presidente.Apesar disso a actual direcção não deitou a toalha ao chão e avançou com a constituição de uma equipa sénior para manter o clube na Primeira Divisão Distrital, lugar que tinha conquistado com brilho na época anterior. Tudo isto sem entrar em loucuras e mantendo as finanças do clube equilibradas. “Financeiramente não temos dívidas, o que para nós é extremamente importante. Liquidámos tudo o que havia para trás. Foi preciso trabalhar muito e com muita cabeça. Foi preciso chegar a algumas entidades para nos apoiarem. Elaborámos um protocolo com a Câmara Municipal da Chamusca que nos tem ajudado muito a ultrapassar as dificuldades e pensamos que estão criadas condições para que o União seja um clube de futuro”, disse com esperança Fernando Santos.O presidente fez mesmo questão de salientar o apoio da autarquia. “Sem esse apoio talvez não conseguíssemos chegar até aqui”, disse, referindo-se ao grande desenvolvimento e ao bom momento que se vive no clube. Segundo Fernando Santos a aposta mais forte na equipa sénior, “onde ninguém ganha nada, para que fique bem claro, jogadores e treinadores não recebem um tostão do clube”, foi também importante para o desenvolvimento das equipas jovens. “A integração de vários jogadores da Chamusca na equipa, neste momento temos oito jogadores da terra no plantel, trouxe muitos jovens que viram que afinal pode haver um futuro para eles no futebol na Chamusca e resolveram apostar na modalidade, e o número de equipas jovens cresceu”.A festa do 25º aniversárioCoube à direcção presidida por Fernando Santos comemorar o vigésimo quinto aniversário do clube. “Optámos por tentar fazer uma pequena festa que dignificasse este aniversário, penso que o conseguimos. Tivemos momentos muito bons, e os nossos amigos corresponderam dentro daquilo que esperávamos”, disse.“Saímos deste momento com vontade renovada. Depois de encontrarmos o clube muito mal, pensamos que esta acção ajudou-nos a ver que é possível avançar com o clube para o futuro. Para além do futebol temos também alguns jovens a praticar judo, taekwondo e ginástica, o que demonstra algum desenvolvimento em relação ao futuro”, disse o presidente.Mas Fernando Santos garante que precisa cada vez mais da ajuda dos chamusquenses. Precisamos de mais sócios, precisamos que os actuais sócios paguem as quotas em atraso. Precisamos que os pais dos jovens jogadores nos ajudem mais, principalmente nos transportes dos seus filhos para os jogos”, pede com veemência.O maior problema que tem para resolver e ainda não conseguiu encontrar formas de o fazer são as obras que são precisas fazer na sede do clube. “Para reabrirmos o primeiro andar da sede é preciso fazer obras de vulto, não temos dinheiro para isso. Estamos em conjunto com a câmara municipal à procura de um programa de ajuda financeira que nos apoie para podermos levar a obra por diante”, referiu.