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O mais importante num negócio é ouvir sempre os clientes

Miguel Luís é sócio-gerente do Intermarché de Vialonga

Empresário sem medo de arriscar, diz que o seu dia-a-dia gira em torno das necessidades dos clientes. O seu primeiro emprego foi na banca mas desde novo que ambicionava ter o seu próprio negócio. Defende que a principal medida que o Estado devia criar para os jovens empresários seria a oferta de maiores benefícios fiscais.

Miguel Luís, 33 anos, sócio-gerente do Intermarché de Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira, é um homem que gosta de ouvir os clientes e as suas sugestões. Está à frente do negócio há três meses e garante não estar arrependido, por gostar das pessoas da terra.Natural de Lisboa, começou o seu percurso profissional ligado à banca, como funcionário do Barclays. “Isso permitiu-me obter bastante experiência ao nível do trabalho em equipa e gestão, a importância de lidar com os clientes, saber ouvi-los e atendê-los bem”, conta a O MIRANTE. Depois da banca trabalhou numa consultora, onde fez consultadoria ligada às bases de dados bancárias. Formado em gestão e sistemas de informação, sempre sonhou ter o seu próprio negócio. Quando há três meses lhe surgiu a oportunidade de agarrar a gestão do Intermarché de Vialonga não hesitou.“Foi uma ambição e um passo normal depois da formação que tive. Já ambicionava ser empresário. O balanço está a ser muito positivo, é um emprego muito trabalhoso mas muito recompensador”, conta. Para Miguel Luís o mais desafiante é gerir as pessoas, porque é um homem que prefere a gestão dos números. Tem uma equipa de 40 pessoas e por isso o desafio é acrescido.“Gosto de olhar para o crescimento do negócio, saber que quando chegámos as coisas estavam de uma maneira e a pouco e pouco estamos a fazer uma mudança positiva, ver florescer a loja e ver clientes novos a vir e voltar. Queremos mostrar à comunidade local que tem aqui uma boa oportunidade”, refere. O empresário garante que este é “um projecto de vida” e que nos próximos anos não quer mudar. Gosta de primar pela qualidade e pela diferença face à concorrência. Chama-lhe gestão local. “Existe uma proximidade maior com o cliente, não é só o normal bom dia, as pessoas aqui conhecem-se, sentem-se bem a fazer as compras, são tratadas como família. Somos quase como uma mercearia de bairro mas a uma escala maior. Gosto de ouvir as necessidades das pessoas e trabalharmos todos os dias para termos o melhor, a bom preço. Ouvir os clientes é fundamental”, explica.Miguel Luís gosta de arriscar e garante que a maioria dos empresários é assim também. “Todo o negócio que é interessante tem o seu nível de risco”, nota. Todos os dias chega à loja às 7h00, às vezes até antes de alguns empregados, e só sai pelas 21h30. Gosta de dar o exemplo e motiva-o ver a loja a crescer todos os dias e os clientes a saírem satisfeitos. “Apesar de termos preços muito baixos há alturas em que o preço não é tudo. Às vezes por mais uns quantos cêntimos é preferível levar produtos melhores, de qualidade superior”, garante.Miguel confessa-se um homem comprometido com a qualidade dos produtos frescos, por serem a melhor imagem de marca da loja. “Durmo com a empresa todos os dias, as horas de sono são poucas, mas deito-me e acordo a pensar nisto. O meu trabalho passa muito pela gestão e pela supervisão do trabalho dos colaboradores no terreno, para ver se estão a cumprir com a qualidade, se os preços que estamos a negociar estão a ser cumpridos e temos também de andar de olho na concorrência, para vermos os seus preços e fazermos melhor”, conta.Para o jovem empresário, o próximo governo devia apostar em maiores incentivos fiscais para quem criasse o seu próprio negócio. Uma redução do IVA para os consumidores também seria uma mais-valia.“Não encontrei muitas barreiras do Estado quando me lancei neste negócio, hoje em dia para abrir uma empresa é um processo fácil e está muito facilitado. As medidas que o Estado podia tomar para puxar as pessoas a criar o seu proprio emprego é que deviam ser mais abrangentes e mais fáceis de tomar”, defende.

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