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Câmara de Ourém recusa pagar para gerir pegadas de dinossauros

A entrega à Câmara de Ourém da gestão do Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros está num impasse por causa de eventuais pagamentos de rendas por parte da autarquia. O processo já tem mais de cinco anos e na última assembleia municipal o presidente do município, Paulo Fonseca (PS), revelou que não está disponível para pagar à administração central a gestão de um património que não tem sido valorizado como devia. Desde que a autarquia manifestou a disponibilidade para assumir a gestão do monumento, em 2010, o processo até estava bem encaminhado. Mas o município recuou, perante uma cláusula que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) quer fazer constar no acordo de exploração, segundo explicou o autarca. “O ICNF comunicou-nos que está de acordo com a passagem do monumento para a câmara mas comunicou que temos de mostrar disponibilidade para pagar rendas se tal vier a ser exigido” pelo Ministério das Finanças, revelou Paulo Fonseca. “Não vou gerir uma coisa que é do Estado e depois ter de pagar por isso”, reforçou o autarca na assembleia municipal. No ano passado (Edição de O MIRANTE de 10 de Julho) o presidente do município criticava o estado das pegadas de dinossauros, localizadas na localidade de Bairro, dizendo que o espaço “não tem sido alvo de qualquer investimento por parte do Estado, com excepção da sua manutenção”.Na mesma edição, o responsável pelo programa de intervenção no monumento após a sua classificação, em 1996, e até 2007, José Manuel Alho, que foi vereador da câmara, classificava o espaço como “um diamante por lapidar e que nem sequer está guardado num cofre, pelo que está sujeito a vulnerabilidades”.

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