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Em dia de manifestação em defesa do Tejo caudal aumentou

Movimento ProTejo mobilizou na Ribeira de Santarém cerca de três dezenas de pessoas em defesa do rio
No dia em que o movimento ProTejo organizou uma manifestação em várias localidades ribeirinhas por onde passa o Tejo, desde Espanha até Lisboa, as comportas das barragens foram abertas e o rio apresentava um caudal muito maior do que tem sido habitual nas últimas semanas. Esse foi mesmo o tema mais falado na tarde de sábado, 26 de Setembro, entre as cerca de três dezenas de cidadãos que se juntaram junto ao Tejo na Ribeira de Santarém. Maria João Correia, em representação do movimento ProTejo, leu o manifesto da associação - que foi lido em todas as manifestações - onde explicam as causas desta iniciativa e a luta por um rio mais limpo. Manuela Marques, do movimento “No Coração da Cidade”, disse que o Tejo é um factor de desenvolvimento e que Santarém não existiria se não fosse o seu rio. “Hoje não se aproveita o potencial turístico nem se chama a atenção da população para a necessidade de preservar o Tejo. Se não nos unirmos todos para salvarmos o Tejo este vai acabar por desaparecer”, disse. Mais de 20 localidades ribeirinhas do Tejo de Portugal e Espanha (14 das quais em solo português) manifestaram-se pela defesa de um “rio vivo” e pelo bom estado ecológico do Tejo e seus afluentes. “As populações ribeirinhas estão unidas na sua indignação pelos recorrentes casos de poluição do Tejo e dos seus afluentes, crimes que alguém pratica contra um bem comum e que é de todos. É hora de dizer basta e por isso estamos a apelar a que os cidadãos se manifestem nos cais fluviais, nas praias fluviais e nos parques ribeirinhos das suas terras”, disse Paulo Constantino, porta-voz do ProTejo, movimento que coordena a iniciativa em Portugal. Paulo Constantino refere que a “manifestação ibérica ‘Por um Tejo Vivo’ é um marco histórico na defesa do património natural visto que se trata da primeira que juntou milhares de cidadãos de Espanha e Portugal de diversas vilas e cidades espanholas e portuguesas”. O manifesto movimento ProTejo defende um “regime obrigatório de caudais ecológicos real, o encerramento do transvase Tejo-Segura, o melhorar do tratamento de águas residuais em toda a bacia do Tejo, (…) que reduza e elimine a contaminação de todo o tipo no rio Tejo, incluindo a radioactiva, o melhorar da gestão do rio na parte portuguesa da bacia” e exige ao Governo português “um controlo efectivo sobre a poluição da agricultura, indústria, suinicultura, águas residuais urbanas e outras descargas de efluentes não tratados”.

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