Samuel Simões
Sócio-gerente Horta dos Simões, 36 anos, Fazendas de Almeirim
Qual a tradição que nunca podemos deixar morrer?
As tradições infelizmente tendem a desaparecer com o tempo pois mudam-se os costumes, as vontades e é cada vez mais difícil os pais passarem certos valores aos filhos. Mas a meu ver, e como ribatejano que sou, acho que não podemos deixar morrer a tauromaquia.
Qual a sua actividade preferida?
Tudo o que não seja trabalhar (risos). Pesca sem dúvida. Foi uma actividade incutida em mim pelo meu irmão e acaba por ser uma das coisas que mais gosto de fazer, pois consigo desanuviar e com alguma sorte ainda acabo por levar jantar para casa.
Quem convidaria para jantar em sua casa?
Os meus amigos todos mais chegados, pois passam-se meses sem nos reunirmos, e talvez a Pamela Anderson para ela nos explicar alguns métodos de salvamento náutico, pois com isto de andar na pesca pode vir a ser preciso... (risos)
Qual o petisco a que não resiste?
Com fome resisto a pouca coisa mas é claro que há petiscos que mesmo sem fome se faz um esforço para comer, como é o caso de, por exemplo, umas ameijoas à bulhão pato, umas gambas, um chouriçinho caseiro assado... mas acima de tudo sou muito queijeiro e um bom queijo de ovelha seco em azeite tira-me do sério.
Gosta de cozinhar?
Cozinhar no tacho não é muito a minha praia mas sei fazer uns ovos mexidos e percebo de grelhados. E não pensem que é fácil, pois para se grelharem umas febras ou uns peixes não é só colocar em cima da brasa. Há que ir virando e não deixar queimar mais de um lado do que de outro.
Já tem planos para as férias de 2016?
Ainda não. Vamos parar 15 dias em Agosto mas por norma não faço planos com muitos meses de antecedência. Uma coisa é certa, vai ser num sítio com muita água, sol, areia e bolas de Berlim.
Qual foi a melhor viagem que fez até hoje?
Marbella, Espanha, foi o meu destino de férias durante quatro anos e vivi lá momentos inesquecíveis...
É mais fácil ser patrão ou empregado?
Tudo é fácil quando se está em sintonia e as coisas correm bem. Já fui muitos anos empregado e já sou há muitos anos patrão, juntamente com a minha família, e se tiver que dizer o que foi mais fácil, digo que foi ser empregado. Um empregado não tem metade das responsabilidades que um patrão tem que ter e tem sempre o ordenado garantido. Atenção que falo por mim, pois há por aí muito patrão que primeiro é o deles e só depois, se sobrar, é que vão pagando aos empregados.
Qual o momento mais marcante da sua vida?
Falando de coisas boas, talvez um programa de rádio que fiz em tempos na antiga rádio 100, que se chamava o bar FM. Estávamos em directo a partir da Alpiagra, em Alpiarça, e quando eu me encontrava a fazer uma reportagem de exterior montado numa moto a baterias que um marroquino me emprestou, atropelei um GNR. Foi um directo que começou tipo....”Senhor guarda, acabou de ser atropelado aqui pelo repórter samuka...em directo para a rádio 100, como se está a sentir?”
O que acha da noite em Santarém?
Existe noite em Santarém? Desconhecia... Noite em Santarém era quando existia o Xantarim, o Bota Abaixo, o Doutores e Engenheiros o Clube da Mini, a Cavalariça 1, o Boavaiela, a Via IN o antigo FRA, o Estado Líquido, etc... Aí sim existia noite e via-se gente na rua durante a noite. Agora Santarém ao fim-de semana é um dormitório. Não se vê ninguém na noite, excepto junto ao Res, que pelo vistos é a única casa que ainda junta alguém.
É adepto das redes sociais?
Sou adepto das redes sociais somente para o negócio, pois pessoalmente quase nem as uso. As redes sociais aproximam quem está longe e afastam quem está perto. O que vejo onde quer que vá, são pessoas constantemente agarradas ao telemóvel, esquecendo-se de confraternizar com os amigos que estão ali ao pé. No meu tempo as emoções viviam-se ao vivo. Agora publica-se no facebook e depois se tivermos muitos likes interiorizamos que foi uma boa experiencia. Tenham dó...