No terceiro sábado de cada mês reúnem-se no Largo Vasco da Gama e no Jardim do Coreto, na Chamusca, vendedores e artesãos que participam na Feira de Velharias e Artesanato, Antiguidades e Coleccionismo. No local encontra-se um pouco de tudo, desde artigos de decoração, livros, aparelhos electrónicos entre outros objectos, muitos deles caídos em desuso.
Entre os vendedores de velharias que participaram na feira de 21 de Maio encontram-se José Mendes e Maria Amélia Meira. Ao longo dos anos, ambos acumularam variados objectos e por sugestão de amigos e familiares desfazem-se deles nestes pontos de venda. Apesar do negócio não correr tão bem como antigamente, os dois concordam que a fraca clientela deve-se também à localidade onde se encontram, sendo das menos procuradas.
José Mendes, de Tomar, é o vendedor mais novo, com 44 anos. Foram os amigos que o influenciaram a dedicar-se a feiras de velharias nos fins-de-semana, aconselhando-o a desfazer-se da tralha acumulada durante anos, num barracão perto de casa, e realizar algum dinheiro extra. No barracão, José afirma ter uma cama de madeira com mais de 500 anos, adquirida ao tetravô do dono de um conhecido café em Tomar.
Indicada como a pessoa certa para falar e sendo a mais velha no local, dirigimo-nos a Maria Amélia Meira, de 65 anos, reformada. A vendedora percorre boa parte das localidades próximas, participando habitualmente nas feiras de Santarém, Almeirim, Benavente, Ponte-de-Sôr, Abrantes e Chamusca. Começou por incentivo de familiares e por acumulação de diversa quinquilharia ao longo dos anos em sua casa. Dedica-se às feiras de velharias também pelo factor económico, e enquanto se livra de antigos objectos acaba por ganhar algum dinheiro que cobre os gastos.
Mesmo com a fraca clientela, os vendedores não baixam os braços e continuarão a marcar presença na Chamusca ao terceiro sábado de cada mês. Estas feiras são também uma boa oportunidade para todos os que gostam de coleccionismo e de objectos peculiares enriquecerem o seu espólio.