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Conseguimos crescer em tempo de crise

Conseguimos crescer em tempo de crise

É de Torres Novas e tem orgulho em ser torrejano, criou uma empresa em tempo de crise, mas conseguiu vencer. André Silva, 32 anos, gosta do que faz e quer fazer mais e melhor, mas pondera muito cada passo da sua empresa. Para já a região e os clientes daqui. Depois logo verá para onde pode expandir-se.

Sente-se torrejano de corpo e alma? Nascido e criado em Torres Novas, sinto-me torrejano a 100%. Tive hipóteses de sair de cá, mas nunca o fiz. Em tempos trabalhei noutra área, em Tomar, mas foi uma experiência de 6 meses apenas.
Porquê a aposta na Geoled? Esta empresa surge há quase seis anos. Julgo ter sido uma mais valia para a cidade de Torres Novas e arredores, pois veio trazer outra oferta ao mercado. Eu já trabalhava na área e ganhei o gosto e a experiência necessária para me lançar por conta própria. É gratificante saber que os nossos clientes contam com a nossa experiência para lhe darmos a melhor solução a todos os níveis.
O público alvo tem sido sempre o mesmo? Felizmente não. Comecei apenas com clientes ligados à construção e com quem eu já trabalhava, mas a partir do momento em que mudei de loja/armazém conquistamos outro tipo de cliente. Como temos uma área maior, boas acessibilidades e estacionamento, conseguimos trazer mais clientes à Geoled. Ganhámos muita dimensão pelo que tivemos que alargar os nossos horizontes. Implementámos mais áreas de negócio que também ajudou ao nosso crescimento.
Que serviços? No inicio, quando éramos apenas duas pessoas, era apenas material eléctrico e iluminação. Hoje, com o aumento da equipa, conseguimos oferecer uma diversidade de produtos e serviços em diversas áreas que passam pela climatização, energias renováveis, sistemas de rega, ferramentas, automação, videovigilância, entre outros.
Que balanço faz destes anos? Muito positivo. O país ainda atravessa dificuldades e nós que estamos ligados à parte da construção notamos isso mais que outros sectores, mas mesmo assim temos conseguido crescer. Penso que o segredo está no trabalho de uma equipa excelente e na ajuda dos nossos clientes a quem agradecemos. O meu desejo é haver trabalho, muito trabalho. Queremos crescer um pouco todos os dias junto dos nossos clientes e apoia-los no que for preciso.
Qual o segredo para implementar uma empresa de sucesso? Ambição acima de tudo. Olhar para a empresa como se fosse um filho nosso, e lutar todos os dias porque quem quer consegue. Eu sou a prova disso, apesar de no início ter tido algumas duvidas, mas ano após ano tem-se visto que com trabalho e dedicação se conseguem atingir os objetivos que nos propusemos atingir. Mas não é fácil. É preciso suar muito e dedicarmo-nos muito para alcançarmos esses objetivos. O segredo é arregaçar as mangas e não ter qualquer tipo de problemas em andar para a frente. Só assim se tem conseguido que a Geoled cresça.
Já pensou em parcerias nacionais ou internacionais? Por agora só penso em parcerias nacionais. Não quero dar um passo maior do que a perna. Até porque as coisas lá fora estão muito complicadas também. Eu já abri a empresa numa altura em que as coisas já não eram o que tinham sido. Os tempos estão difíceis, não se adivinham melhoras e a Geoled foi criada em tempo de crise. Vamos esperar que venha uma altura propícia para avançar para outros campos.
Como se ultrapassa a crise? As coisas têm que mudar mesmo. As pessoas resguardam-se. Está tudo parado, mas o dinheiro não desapareceu. Há alguém que o tem. Precisamos todos uns dos outros, portanto temos que avançar. Se tenho esperanças que as coisas mudem? Tenho. Mas nunca serão como já foram. Eu já presenciei grandes obras. Corria o país de norte a sul para entregar material. Eu tive e acompanhei as grandes obras que se fizeram em Torres Novas. Há 10 anos atrás esta cidade estava no auge. Tenho pena de ver o nosso Centro Histórico a degradar-se e que os proprietários dos imóveis os deixem ruir por completo em vez de tentar reabilitá-los. A cidade merecia melhor.
O que distingue a Geoled das outras empresas desta área? Não gosto de dizer que somos melhores ou piores. Simplesmente somos diferentes. O que tentamos todos os dias é melhorar com os nossos erros e prestarmos um serviço de qualidade. Somos uma equipa jovem, dinâmica, pronta a arregaçar as mangas para novos projetos que apareçam e procuramos dar o máximo de satisfação aos nossos clientes.
Na sua área a centralização da economia também se faz notar? Sim. Muito. Existem principalmente em Lisboa um número muito elevado de empresas de eletricidade. Hoje em dia até empresas de cá vão para lá trabalhar. Porque lá há trabalho. Aqui há muito menos oferta do que lá. Nós vivemos num meio pequeno e não podemos querer combater no mercado dos grandes.
Nota diferenças do ribatejano para as pessoas das outras regiões? Não. Mas obviamente que para mim ribatejanos são ribatejanos. Tenho clientes em várias partes do país, mas não noto diferenças nas culturas. Julgo que por sermos um país pequenino temos todos um bocadinho uns dos outros. Mas como sou de Torres Novas e conheço muita gente olho para os torrejanos com outros olhos.
Fazem falta iniciativas como a Feira Medieval? Sim. Eventos deste só trazem coisas boas à nossa cidade, na medida em que movimenta muita gente jovem e de outras localidades. É uma feira muito badalada e ajuda a desenvolver Torres Novas, não só ao nível de conhecimento, mas também ao nível económico. Temos o prazer e o orgulho da nossa Camara Municipal, como tem sido hábito, contar connosco como um dos parceiros da Feira.

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