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Vila Franca de Xira declara guerra aos pombos com fase experimental de captura

Objectivo é combater praga que tem causado prejuízos e problemas de saúde pública. Entre as várias medidas está a instalação de gaiolas de captura dos animais, que têm como objectivo libertá-los nas zonas rurais.

O município de Vila Franca de Xira avançou em Junho com um programa experimental que visa controlar a população de pombos nas áreas urbanas e dessa maneira minimizar os problemas e prejuízos causados por estes animais.
A iniciativa vai ao encontro das “inúmeras queixas” que o município vilafranquense diz ter recebido da parte de moradores e comerciantes. Contempla um conjunto de acções destinadas a controlar e minimizar a propagação dos pombos, aves que causam prejuízos no ambiente e património das cidades e que representam também riscos para a saúde pública, segundo Maria de Fátima Antunes (PS), vereadora com o pelouro do serviço médico-veterinário municipal.
Entre as medidas está o uso de gaiolas de captura, com comida e água, que depois servirão para transportar os pombos para áreas rurais, longe das cidades. Uma das gaiolas está instalada no telhado do Museu Municipal de Vila Franca de Xira e foi alvo de críticas, na última semana, por parte de alguns moradores, por alguns animais aparentarem estar vários dias mortos no seu interior.
Maria de Fátima Antunes afiança que isso não corresponde à verdade. “A captura é feita seguindo recomendações da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, tendo em conta as boas práticas na área. Para tudo há que ter bom senso. Se os animais têm direitos as pessoas também têm direitos que devem ser observados em primeiro lugar. Cumprimos com todas as determinações legais”, garante.
Nesta fase experimental a situação é monitorizada diariamente. Os pombos reproduzem-se rapidamente e em grandes quantidades sendo actualmente um problema nas cidades modernas. Um problema muitas vezes agravado pelos populares que alimentam os animais. “É uma praga urbana, constituindo problemas graves para a saúde pública, nomeadamente problemas respiratórios, neurológicos, alérgicos, entre outros. Face a isto e a várias queixas que temos recebido por questões de insalubridade e danos no património, e até pessoas com problemas de saúde agravados por esta situação, decidimos agir”, justifica a vereadora.
Além da captura o município vai avançar também com a sensibilização da população para que não alimente os pombos. Vão ser impressos folhetos informativos à população a alertar para estas questões de saúde pública e vai também ser colocada informação adicional sobre o problema no site da câmara. Os donos de casas devolutas que servem como ninhos destes animais estão também a ser notificados pelo município para proceder à completa selagem dos edifícios.
Na última sessão da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira o assunto foi levantado pela eleita do CDS-PP, Filomena Rodrigues, que chamou a atenção de várias queixas de moradores face à forma como as aves estão a ser apanhadas.
Alberto Mesquita, presidente do executivo, lembrou que nesta situação “somos presos por ter cão e presos por não ter”. Explicou o autarca que a câmara tem falado com muitos cidadãos do concelho “que nos dizem que já devíamos ter feito algo no sentido de reduzir a quantidade destas aves. Pelos muitos inconvenientes que causa. Tomámos a decisão que achámos mais oportuna e que está a ser monitorizada”, explicou.

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