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O coração do Cartaxo está parado

Nasci e vivo no Cartaxo e há muito que me aborrece o facto de o centro da cidade estar suspenso. Com estas reabilitações urbanísticas que ocorrem em todas as cidades do país, em que colocam calçada nas ruas principais e nas de comércio (ou baixas), criam-se sempre dois problemas mal calculados que se chamam estacionamento e falta de consumo. Como pretendem que as pessoas façam compras no comércio tradicional, no centro da cidade, quando estreitam ruas, tiram sentidos de trânsito a outras e incompatibilizam a comodidade de estacionar um carro no coração da cidade apenas para fazer compras ou passear?
Cartaxo-cidade tem uma área pequena e ninguém, legalmente, pode impedir a proliferação de supermercados nas fronteiras da cidade que oferecem, apesar de tudo, um estacionamento amplo que o centro da cidade não dispõe. E ninguém faz estudos e estratégias abrangentes e integradas, em vez de localizadas, quando avançam para o corte de uma nacional ou criam um parque subterrâneo com muita história ainda por contar. É com pena que vejo as lojas pequenas a fecharem, os cafés a trocarem de gerências, sítios típicos (como tabernas ou casas de vinho) a desaparecerem e lojas do chineses a nascerem como cogumelos só porque têm um regime especial que os portugueses não dispõem - nem na localidade onde vivem.
São vários os problemas... Quando se retira o trânsito pesado e grande fatia dos ligeiros para as circulares e estradas que contornam a cidade, retira-se a hipótese de criar potenciais turistas (do “viaje para fora cá dentro”). Há locais históricos a conhecer ou somente sítio onde comer. Isto e buracos em todo o lado torna ainda mais difícil o crescimento de uma economia local que está parada no Cartaxo. E será que os mecânicos cartaxenses ganham com estas lamentáveis estradas?
David Sousa

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