O Hospital de Santarém anunciou que vai contratar 20 enfermeiros e 23 assistentes operacionais, para os serviços de Internamento e de Urgências, e quer reforçar o internamento com 28 camas a instalar no Hospital de Torres Novas.
Em comunicado, o Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém (HDS) afirma que foi autorizado pelo Ministério da Saúde para fazer a contratação de mais 20 enfermeiros e 23 auxiliares. Contactado pela Lusa, o presidente do Conselho de Administração, José Josué, adiantou que “está ainda em curso um processo de activação de 28 camas no Hospital de Torres Novas [que, com as unidades de Tomar e de Abrantes, integra o Centro Hospitalar do Médio Tejo], por conta do Hospital de Santarém”.
As condições em que se fará a abertura desse serviço deverão estar definidas “nas próximas semanas”, como “reforço do internamento” do Hospital de Santarém, disse, adiantando o desejo da administração em “envolver a comunidade”.
Helena Jorge, da direcção regional do Sindicato dos Enfermeiros, disse à Lusa que a contratação anunciada, que se segue à admissão de 35 novos enfermeiros no mês passado, vem ajudar a resolver a grave falta de profissionais no Hospital de Santarém.
Contudo, o sindicato exigiu, numa reunião realizada na semana passada com a administração do hospital, além do reforço dos profissionais para resolver as carências sentidas no serviço de Medicina e em particular nas Urgências, a adopção de outras medidas, como a alteração do funcionamento e do horário da farmácia hospitalar (que actualmente encerra às 17h00), da higiene e limpeza e do controlo das visitas aos doentes que considera estar a contribuir para o aumento das infecções hospitalares.
Helena Jorge disse que foi garantido que, após a colocação dos enfermeiros, será feita nova análise para perceber se se mantém a necessidade de reforço, adiantando ter sido referida a possibilidade de contratação de mais 24 profissionais caso abra o serviço de internamento em Torres Novas.
“Exigimos a retirada das macas que entopem as Urgências. Foi-nos dito pela administração que não existe sítio no hospital para estes doentes. Vamos ver se o serviço de Medicina abre em Torres Novas”, declarou a sindicalista.