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Jovens de Alhandra continuam sem caminho seguro para a escola

Jovens de Alhandra continuam sem caminho seguro para a escola

Falta de passeio em condições obriga os mais novos a caminhar pela estrada. O ano passado uma moradora apresentou ao orçamento participativo um projecto de requalificação para o caminho pedonal de acesso à Escola Soeiro Pereira Gomes mas a obra não avançou. Agora a câmara diz que há previsão para intervir no local.

Centenas de crianças e jovens de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, no concelho de Vila Franca de Xira, continuam a percorrer todos os dias um caminho degradado, sem condições e inseguro para chegarem à escola dos segundos e terceiros ciclos Soeiro Pereira Gomes. Em alguns dias, especialmente quando chove, o único carreiro existente fica de tal forma enlameado e impraticável que a única solução dos jovens é caminhar pela estrada, expostos aos riscos associados à passagem de automóveis e à alta velocidade em que os mesmos circulam no local.
O problema é antigo e aguarda por uma solução há muitos anos. “Todos os dias há sustos, eles caminham por aqui em grupos e não têm outra hipótese senão irem pela estrada. Felizmente ainda não aconteceu nenhum desastre mas travagens e sustos são constantes”, lamenta Anabela Figueiredo, mãe de um aluno da escola. Outra encarregada de educação, Maria Nunes, diz a
O MIRANTE que a velocidade excessiva dos carros que ali passam é o principal factor de risco e que “mais dia menos dia” vai acontecer um acidente. “Se não for com os nossos filhos será com outras pessoas que aqui passam carregadas de sacos por virem do mercado”, refere.
O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), já reconheceu várias vezes em reunião de câmara que uma intervenção no local é pertinente e deve ser feita. Mas falta ainda a conclusão de um projecto. Na última assembleia municipal o autarca voltou a dizer que uma intervenção está para breve, mas não se comprometeu com datas. “Pode haver condições em breve de intervir no local, no âmbito de uma intervenção que está prevista”, afiançou. Mesquita respondia à eleita Filomena Rodrigues, da bancada do CDS-PP, que quis saber o ponto de situação do problema.
Já o ano passado, recorde-se, o problema da falta de um caminho em condições de acesso à escola foi notícia depois de Ana Sofia Frieza, moradora de Alhandra, ter apresentado um projecto de requalificação daquele caminho pedonal, no âmbito do orçamento participativo. Projecto que não avançou devido a erros do município. Mais de 400 pessoas - entre pais de alunos, auxiliares da escola e outros utilizadores do caminho - votaram no projecto, mas em vão, porque a câmara enganou-se a enviar para a moradora o código de votação e nenhum dos votos dos moradores foi contabilizado.
O projecto de Ana Frieza tinha um custo estimado de 95 mil euros e visava criar uma área de elevada permeabilidade diminuindo a probabilidade de cheias na zona, criando um parque urbano e reformulando o caminho pedonal, numa área de seis mil metros quadrados.

Jovens de Alhandra continuam sem caminho seguro para a escola

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