Cães que atacaram ovelhas na Póvoa da Isenta continuam por apanhar
Matilha refugia-se num pinhal e apesar dos esforços não se consegue capturar os animais
Ainda estão por apanhar os cães que atacaram um rebanho de ovelhas no dia 2 de Agosto na Póvoa da Isenta, concelho de Santarém. O médico veterinário municipal afirma que a tarefa não tem sido fácil: “os funcionários do canil têm ido lá dia sim, dia não e ainda não foram apanhados”. Francisco Marçal Grilo justifica que o facto de os cães vadios se refugiarem num pinhal com o terreno acidentado tem dificultado a sua captura: “não temos outros métodos se não esperar que eles se aproximem do pessoal que tenta capturá-los”.
A junta de freguesia da Póvoa da Isenta afirma que tem recebido várias queixas de ataques de cães na localidade e que comunica essas situações à GNR e ao veterinário municipal. A junta diz ainda que em Março os funcionários camarários recolheram cães abandonados na Póvoa da Isenta, embora não tenham sido divulgados números de quantos animais foram recolhidos. O licenciamento e o registo dos cães tem sido muito baixos na localidade, aproximando-se anualmente dos 50 registos. Na sua grande maioria são cães de caça que têm um pico de registos no mês de Setembro, quando se aproxima a época venatória.
O registo dos cães de companhia e de caça custa 7,5 euros no primeiro ano, fixando-se nos cinco euros anuais a partir do segundo ano. Para isso basta que os animais tenham a vacina da raiva em dia e é obrigatório um chip para todos os registos a partir do ano de 2008. Situação que implica despesas superiores aos cinco euros, o que tem afastado as pessoas de procederem ao licenciamento dos canídeos.
Indemnização só com identificação de donos dos cães
O veterinário municipal referiu a
O MIRANTE que só quando os cães forem apanhados é possível avançar com o processo de indemnização ao dono das ovelhas mas para isso é necessário identificar os donos. “Quando isso acontecer poderão ser responsabilizados os donos dos animais em tribunal”, refere Francisco Marçal Grilo. Mas se os cães não tiverem chip de identificação é quase impossível determinar a quem pertencem e o dono do rebanho fica com os prejuízos.
Recorde-se que Vítor Silva, 61 anos, viu o seu rebanho de seis ovelhas ser atacado por uma matilha de quatro cães, tendo sobrevivido apenas uma. O proprietário fez uma queixa à GNR. No entanto as preocupações continuam pois a matilha pode atacar outros animais ou até pessoas.