Câmara de Ourém já gastou quase 200 mil euros em festas
Só no dia do município foram gastos 50 mil euros em assessoria
A Câmara de Ourém já gastou este ano quase 200 mil euros em contratações de artistas musicais para festas do concelho, instalação de tendas, aluguer de palcos e assessoria. A actuação do cantor Roberto Leal, que foi a atracção da Festa das Comunidades Portuguesas, no dia 5 de Agosto, custou aos cofres da autarquia 11 mil euros. A fadista Carminho, que animou o dia do município, a 20 de Junho, custou 9.500 euros e o cantor Tiago Bettencourt cobrou 7 mil euros.
A aquisição de uma tenda, feita por ajuste directo para as festas do concelho, teve o custo de 74 mil euros. As festas do concelho tiveram um investimento de 26 mil euros, a assessoria para o Dia do Município custou 50 mil euros e o aluguer de palco 8.450 euros. Ao todo a câmara, liderada pelo socialista Paulo Fonseca, gastou 176.459,50 até Agosto deste ano. Estes valores mereceram críticas por parte do PSD, que mostrou o seu descontentamento na página do Facebook na internet. “Isto é só uma parte dos gastos com a logística das festas e festarolas que os socialistas organizam em Ourém. Prioridades do executivo socialista que parece acreditar que com festas e bolos se enganam os oureenses”, criticam.
“Dois meses depois da adjudicação de serviços de apoio externo à cerimónia do Dia do Município, o executivo socialista ainda não mostrou o retorno deste pagamento. Tendo em conta que a cerimónia durou cerca de duas horas este serviço teve um custo aproximado de 25 mil euros por hora. Seria oportuno que o presidente do município justificasse porque gastou 50 mil euros e que trabalhos foram executados por esta empresa”, sublinham os social-democratas.
O PSD de Ourém utilizou novamente a sua página de Facebook para questionar a despesa de 11.950 euros, publicada no Portal da Contratação Pública (www.base.gov.pt), em Julho deste ano para a execução de 400 livros. “O executivo socialista continua a saga dos gastos. Em 2009 o presidente da câmara municipal dizia que cada cêntimo gasto pelo município deveria ser bem justificado e bem explicado aos munícipes”, critica.