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Em A-dos-Loucos o associativismo está bem vivo

Pavilhão da colectividade foi quase todo remodelado por pessoas da aldeia

João Romaneiro é director desportivo do União Desportiva e Columbófila Adoslouquense (UDCA), uma colectividade com 18 anos que é a vida e alma da pequena aldeia de A-dos-Loucos, na freguesia de Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira.
A UDCA acaba de inaugurar as recentes obras no pavilhão gimnodesportivo, espaço vocacionado para a prática desportiva mas também para actividades lectivas da escola e de lazer para os cerca de 300 habitantes da aldeia. Dirigentes do clube e habitantes de A-dos-Loucos juntaram-se durante vários fins-de-semana para pintar o pavilhão, uma obra que custou mais de cinco mil euros e onde a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, contribuiu com um novo piso.
“O piso em cimento tinha 40 anos. Há cerca de 20 anos, o presidente da câmara da altura, Daniel Branco (CDU), mandou fazer a cobertura e agora faltava-nos mesmo mudar o piso. A pintura, a canalização, electricidade, a reparação dos varandins, o ginásio foi tudo feito pela população, a câmara apenas financiou o piso. Estão aqui as poupanças dos últimos quatro anos de direcção”, referiu João Romaneiro, confessando a sua alegria por ver o pavilhão renovado e com melhores condições para os utilizadores.
A UDCA é hoje um ponto de união para os habitantes de A-dos-Loucos, mas nem sempre foi assim. Nos anos 70 e 80 do século passado havia duas colectividades, Grupo Columbófilo Adoslouquense e União Desportiva e Recreativa Adoslouquense, que dividiam a aldeia. “Havia famílias que não se falavam devido às duas associações”. Em 1997 decidiu-se juntar as duas agremiações com os seus patrimónios, o pavilhão da UDRA e a sede do GDA. “A influência do clube é extraordinária, há um hábito bairrista de criar raízes dentro do associativismo. Já se fez a construção do chafariz, a sede dos reformados, o parque infantil. Há uma grande união dentro da aldeia”, diz João Romaneiro de 44 anos.
No sábado, 15 de Outubro, a aldeia juntou-se para acolher o novo pavilhão e agraciar membros do clube e pessoas com ligações à aldeia. Tatiana Sofia Graça foi uma delas. A atleta de hipismo portadora de deficiência mental não faz parte do clube mas cresceu e vive em A-dos-Loucos. Alberto Loulé foi homenageado postumamente. Era uma “pessoa querida” na aldeia e foi uma das maiores influências para os associados do UDCA e de A-dos-Loucos. “É o pai de todo nós como desportistas. Devemos muito a ele, tento seguir à regra aquilo que ele me transmitiu. Se não formos bons desportistas ao saber lidar com a vitória e derrota não somos ninguém”, refere o dirigente.

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