Emails do Outro Mundo
Delicado Serafim das Neves
Vou seguir o teu exemplo e tentar passar a usar a expressão “vai ver se chove” quando alguém camelo me chatear ao ponto de eu ter que o mandar para o “cara...”, como terá feito o presidente da Câmara de Alpiarça, aquele façanhudo comunista, quando o vereador mais “mói-almas” de Portugal, o insolvente (no sentido de não se dissolver) Francisco Cunha, lhe azucrinou o juízo vezes sem conta ao longo de uma reunião do executivo. A linguagem pé de flor, também chamada pé de salsa está a impor-se no país à custa de processos judiciais, embora nem todos os juízes sejam adeptos de frases floreadas em vez de carvalhadas à moda antiga, por acharem que o vernáculo ainda faz muita falta ao desenvolvimento do país. Também referes no teu e-mail a sucessão de trapalhadas envolvendo os elementos do executivo municipal de Tomar. O tema é recorrente mas vale a pena voltar a ele com regularidade. Quanto a mim tem faltado alguém que agarre na relação entre a presidente da câmara Manuela Freitas e o seu ex-companheiro afectivo (que raio de nome para designar uma comunhão de mesa e habitação) como o Trump lá da América diz que agarra as mulheres bonitas quando lhe passam por perto. Agora que os pombinhos se zangaram e o Luís Ferreira se viu de malas à porta, os jornalistas, bloguistas e outros comentaristas, desataram a assobiar para o lado e a falar de política, deixando de lado a bonita relação que antes tanto lhes espicaçava a verrina, desvalorizando a ruptura amorosa e os estragos que a mesma já provocou a nível político. Dir-me-às que Freud explica tudo e que neste caso até explica as convulsões nas hostes socialistas. É provável que explique mas é injusto que tudo o que se está a passar seja atribuído à política e que não haja nem uma palavrinha para os efeitos de um amor destroçado. Ainda não li nenhuma notícia da demissão do presidente da concelhia do PS de Salvaterra de Magos, o ex-deputado Mário Antão, na sequência do apoio da Direcção Nacional do partido à recandidatura do actual presidente Hélder Esménio, que ele contestava. É por estas e por outras que o jornalismo está em descrédito. Pelas minhas contas o Antão já se deve ter demitido há umas boas duas semanas por causa de ter sido desautorizado, como fazem todas as pessoas que, como ele, têm vergonha na cara. Estive a ver fotografias da presidente de Alcanena a entregar mais 16 cabazes “Bebé Feliz” a outros tantos bebés. Lembrei-me que Fernanda Asseiceira disse aqui há tempos, numa entrevista a O MIRANTE que nenhum bebé tinha chorado durante as várias entregas de cabazes que já tinha feito. Pelo sorriso dela nas fotos parece que ainda não foi desta que lhe calhou um bebé sindicalista tipo Mário Nogueira e rabujar alto e bom som, por um aumento dos 500 euros do cabaz. Durante a peregrinação de 13 de Outubro a Fátima a GNR apanhou três carteiristas em acção e identificou quatro pessoas por suspeita de andarem a fazer o mesmo. Infelizmente não ficámos a saber o método utilizado pelos detidos no Santuário. Estariam a rezar e a roubar? E se estavam a rezar era pelo sucesso da operação que estavam a levar a cabo ou pela paz no Mundo? E haverá peregrinos que se despedem de Fátima acendendo velas no “tocheiro” em agradecimento à Virgem Maria por não terem sido roubados? E será que um guarda devoto cumpre melhor a função de apanhar carteiristas do que um guarda ateu? Um abraço carregado de dúvidas Manuel Serra d’Aire
Emails do Outro Mundo | 20-10-2016
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Fernando Santos é sapateiro no Cartaxo. Admite ter tido vergonha do que faz mas percebeu que aquele é um trabalho como outro qualquer. “As pessoas ficam contentes por ver um cachopo trabalhar num ofício que pensam que é para velhos”, sublinha.
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