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Ex-responsável da Protecção Civil em Salvaterra passou para os serviços administrativos da câmara

Presidente da autarquia, Hélder Esménio, acedeu ao pedido de João Gomes que queria deixar cargo

O técnico da Câmara de Salvaterra de Magos, João Gomes, que além de funcionário do município era também o responsável pela protecção civil, deixou de exercer esse cargo, tal como tinha pedido ao presidente Hélder Esménio, após o fogo que consumiu cerca de 900 hectares na Glória do Ribatejo no dia 13 de Agosto. João Gomes está a trabalhar nos serviços administrativos da câmara municipal, tal como solicitou em carta enviada ao presidente da autarquia na sequência da polémica que estalou após o incêndio. É Esménio agora o principal responsável pela Protecção Civil no concelho.
O presidente explicou a O MIRANTE que vai corrigir o mapa de pessoal para incluir e preencher, através de concurso público, um lugar para a protecção civil e integrar um técnico nessa área. Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou (ver edição 24 Agosto 2016) este incêndio na Glória do Ribatejo foi o rastilho para uma polémica entre o presidente da Câmara de Salvaterra de Magos e o responsável pela Protecção Civil, que estava na altura de férias.
Esménio acusou o técnico do município, João Gomes, de habitualmente “fugir às suas responsabilidades”. O funcionário mostrou-se indignado por só ter sido informado do incêndio uma hora e meia depois do alerta. Gomes, perante várias críticas sobre o facto de o fogo se ter descontrolado, apresentou uma carta de demissão de funções ao presidente do município que respondeu a essa posição em tom irónico. “Pediu demissão de quê? De trabalhar?”. Hélder Esménio refere que “nenhum funcionário da autarquia pode pedir demissão de funções que lhe foram atribuídas”.
O autarca explicou, na altura, que João Gomes iniciou as funções de responsável da protecção civil do município no tempo em que era presidente Ana Cristina Ribeiro (BE), revelando que após o actual executivo socialista ter tomado posse, o técnico pediu para que a “carga de trabalho fosse aligeirada”. Esménio refere que o funcionário não estava disponível para trabalhar fora do horário normal de trabalho, das 9h00 às 17h00, na protecção civil. O autarca disse também que, enquanto presidente do município, passou a acorrer cada vez mais aos incêndios.

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