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Obras do novo cais de Castanheira do Ribatejo com início em 2017

Anúncio foi feito por administrador da ETE - Empresa de Tráfego e Estiva

A construção do novo cais fluvial de Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, que vai funcionar como terminal de mercadorias, deve começar no início de 2017, disse na sexta-feira, 14 de Outubro, à agência Lusa Luís Figueiredo, administrador do grupo ETE.
“Está previsto iniciar a construção no início do próximo ano e, provavelmente, no último trimestre estar a operar. Tivemos a boa notícia esta semana de que o estudo de impacto ambiental está conforme a nova legislação e isso dá-nos uma grande satisfação”, disse Luís Figueiredo à margem do debate internacional sobre Soluções Inovadoras na Relação Porto-Cidade, que decorreu na Gare Marítima de Alcântara.
O administrador da ETE (Empresa de Tráfego e Estiva) enalteceu o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), salientando que esta foi “muito eficiente” e “percebeu bem as necessidades” do que estava em causa. “Parece que estamos todos no mesmo caminho, todos a pensar no desenvolvimento do país, respeitando os novos requisitos ambientais”, sublinhou.
O terminal fluvial de mercadorias, que será construído junto à Plataforma Logística Lisboa Norte, irá contribuir para aliviar a pressão urbana sobre o porto de Lisboa, desviando camiões para fora da cidade.
De acordo com as estimativas apresentadas por Luís Figueiredo, uma barcaça leva 99 TEU (contentores), o que equivale a 90 camiões fora das estradas, sendo que a ligação através do estuário do Tejo tem uma distância entre o Porto de Lisboa e o Cais Fluvial de Castanheira do Ribatejo de 22 milhas náuticas (40 quilómetros), enquanto por via rodoviária seriam 54 quilómetros.
Segundo Luís Figueiredo, “há potencial para tirar todos os contentores do Porto de Lisboa por via fluvial”, embora reconheça que não será assim que irá acontecer, mas que essa divisão será realizada entre o modo ferroviário, rodoviário e fluvial.
“Sabemos que podemos ter aqui uma grande fatia, que será interessante e bom para a cidade de Lisboa. Percebemos os requisitos das cidades e as suas necessidades, mas as cidades também têm de perceber que os portos têm de existir para o bem da nação. Acho que há uma possibilidade forte de os dois coexistirem em harmonia”, frisou.

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