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Um encerramento meio tremido do festival “Guitarra d’Alma” em Almeirim

Sou admirador do guitarrista Custódio Castelo e vou vê-lo tocar sempre que ele despe a pele de acompanhador de fadistas e toca apenas a sua música acompanhado por amigos músicos cúmplices e imaginativos que geralmente o acompanham. O ano passado fui ao concerto de encerramento do Festival Guitarra d’Alma, uma iniciativa cultural da Câmara de Almeirim que merecia maior destaque e outra visibilidade.
Este ano voltei lá e na minha opinião o espectáculo foi pior. Para o ano não se sabe se haverá festival Guitarra d’Alma. Pelo menos o presidente da câmara, que o ano passado anunciou logo o deste ano, não disse nada, o que faz prever que pelo menos para já o patrocinador habitual, um banco se bem me lembro, não está ainda convencido.
Mas voltando ao espectáculo deste ano houve pequenos sinais de que se deu um passo atrás no capítulo da qualidade e do profissionalismo ao ter-se permitido a entrada de um certo aroma a ranço, digamos assim, no palco.
Essas interferências, que quase faziam descambar o espectáculo para uma coisa tipo fados nos bombeiros, foram a introdução de um apresentador engravatado e “pedantão” que não foi fazer nada mais do que maçar o público a debitar inutilidades, um declamador de fraca qualidade que foi para o palco de papel na mão e a tirar os óculos do bolso, ler um poema em vez de o ter decorado e declamado como convinha e um duo de cantoras vestidas de igual mas com roupas sem alma, que me fizeram lembrar os antigos “serões da aldeia”.
Com músicos de tão grande qualidade em palco não se percebeu o porquê daquela tentativa que quase resultou, de estragar um grande concerto do Mestre Custódio Castelo. Olhando para os convidados que o músico apresentou o ano passado nada fazia prever a “entorse” deste ano.
Fernando de Carvalho

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