
Videovigilância para travar vandalismo no Forte da Casa
Equipamento de mais de um milhão de euros está parcialmente degradado. Quem tentar destruir o equipamento vai acabar filmado e denunciado às autoridades.
Entrou em funcionamento a 25 de Novembro o equipamento de videovigilância instalado na passagem superior pedonal do Forte da Casa, estrutura que permite unir o centro da vila ao parque linear ribeirinho ali existente. Esta é a derradeira tentativa do município de Vila Franca de Xira para acabar com os constantes actos de vandalismo naquele local que têm degradado não só a estrutura como também destruído, parcialmente, os elevadores ali existentes.
A garantia foi dada pelo presidente do município, Alberto Mesquita (PS), na última assembleia municipal. A Comissão Nacional de Protecção de Dados não encontrou no pedido do município qualquer impedimento legal na captura de imagens na zona e já deu autorização para que as câmaras comecem a filmar. Quem for apanhado a destruir o local vai acabar denunciado à polícia.
“Infelizmente há pessoas que não sabem viver em sociedade. Muitas vezes a videovigilância é a única solução para travar este vandalismo. Ainda há semanas retirámos de vez um elevador de Alverca que estava completamente vandalizado. Infelizmente estas pessoas destroem tudo mas acredito que a entrada em funcionamento da videovigilância vai tornar todo o local muito mais seguro”, afirmou o autarca na resposta a Raul Sanches, eleito da Coligação Novo Rumo, que lamentou o estado em que se encontra a passagem e o facto de os elevadores estarem sem funcionar.
Viaduto custou mais de um milhão de euros
Alguns moradores do Forte da Casa, escutados novamente por O MIRANTE, admitem concordar com a videovigilância, desde que a mesma possa tornar mais segura a passagem pedonal. “O que espero é que se acabe de vez com o vandalismo ou então que as pessoas responsáveis sejam apanhadas”, defende Justina Conceição.
A passagem superior pedonal do Forte da Casa foi inaugurada em Janeiro do ano passado e custou um milhão e 360 mil euros. Foi notícia há mês e meio depois de um novo ataque aos elevadores que os deixou inoperacionais. Já na altura António Oliveira, vereador do município, dizia que era chegada a hora da câmara definir com clareza o que fazer com os elevadores daquela passagem superior. Havia sujidade, pinturas, portas partidas e botões pintados. A câmara já tinha apelado à Polícia de Segurança Pública para reforçar o patrulhamento naquela estrutura.
Do investimento de um milhão e 360 mil euros, 560 mil euros foram financiados por fundos comunitários, fazendo parte dos cerca de sete milhões de euros investidos na requalificação da frente ribeirinha sul do concelho. A passagem pedonal em si é um feito de engenharia e foi toda pré-fabricada e montada longe do local, tendo sido içada com recurso a gruas que a passaram por cima da linha de comboio. Tem 222 metros de extensão e 20 metros de altura.

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