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Movimento de cidadãos de Azambuja quer medidas para reduzir acidentes na Nacional 3
Perigo. Estrada é palco de elevada sinistralidade

Movimento de cidadãos de Azambuja quer medidas para reduzir acidentes na Nacional 3

Trinta mortos é o triste balanço dos quase 500 acidentes ocorridos entre 2000 e 2015 nessa estrada no concelho de Azambuja.

Entre 2000 e 2015 morreram trinta pessoas na sequência de acidentes de viação no troço da Estrada Nacional 3 que atravessa o concelho de Azambuja. Ao todo foram 475 acidentes e uma média redonda de dois mortos por ano, o que levou um grupo de cidadãos a criar o movimento “Plataforma EN3” para exigir medidas que melhorem a segurança rodoviária. Actualmente está em curso uma petição para tentar levar o assunto a discussão na Assembleia da República, sendo necessários para o efeito 4 mil assinaturas.
Ao fecho desta edição de O MIRANTE a petição online contava já com mais de 600 assinaturas. Para além da plataforma online, a petição pode também ser assinada nas juntas de freguesia do concelho e noutros locais de grande movimento da zona.
A ideia partiu do presidente dos Bombeiros Voluntários de Azambuja, André Salema. A plataforma, que tem como promotores a presidente da Junta de Freguesia de Azambuja Inês Louro e o ex-presidente do município Joaquim Ramos, pretende alertar a administração central para a elevada sinistralidade do troço da Estrada Nacional 3 que passa naquele concelho. “Tornou-se numa das estradas de maior movimento e sinistralidade do país. É tempo de agir e evitar que mais vidas sejam ceifadas”, refere o documento.
E os números não mentem. Para além dos quase 500 acidentes e dos 30 mortos entre 2000 a 2015, registaram-se ainda 67 feridos graves e 533 feridos ligeiros nas freguesias de Vila Nova da Rainha, Azambuja e Aveiras de Baixo, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Entre as medidas reclamadas estão a duplicação de faixas para quatro vias de circulação, separadores centrais e melhorias no pavimento. A comissão aponta ainda a melhoria da iluminação, a criação de uma variante à entrada de Vila Nova da Rainha em direcção a Alenquer, a introdução de semáforos, a criação de uma rotunda no entroncamento da Guarita em Aveiras de Baixo, o reforço da sinalização horizontal e maior fiscalização rodoviária por parte das forças de segurança.
Joaquim Ramos lembrou na apresentação que em Setembro de 2008, enquanto presidente da câmara, assinou com o primeiro-ministro de então, José Sócrates, um acordo com “carácter de urgência” para que a EN3 fosse alvo de intervenções. “Durante os 12 anos como presidente do município não fui capaz de levar o poder central a fazer a intervenção que devia ter feito na Estrada Nacional 3”, lamentou.
Na audiência estiveram mais de 70 pessoas, várias forças políticas, o presidente do município e os presidentes das juntas de freguesia do concelho e foram ainda anunciados os próximos passos: conversação com as empresas logísticas ao longo da EN3 e sensibilização dos condutores com lonas ao longo da via. Foi feito ainda um minuto de silêncio pelas vítimas dos acidentes rodoviários naquela estrada.

Movimento de cidadãos de Azambuja quer medidas para reduzir acidentes na Nacional 3

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