Cortiça com recorde de exportações quer chegar aos mil milhões de euros em 2017
Grande parte do montado de sobro em território nacional encontra-se no concelho de Coruche, onde está também sediado o Observatório do Sobreiro e da Cortiça.
A cortiça vai atingir em 2016 o “recorde da história” de exportações, com 950 milhões de euros e em 2017 estima-se que chegue ao “mil milhões de euros” de exportação de casca de sobreiro. “Em 2016 vai bater o seu recorde de exportações. Em 2017, com muita probabilidade, atingirá os mil milhões de exportações”, disse à Lusa o presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), João Rui Ferreira, à margem da conferência intitulada “Como valorizar o sector da Cortiça”, que decorreu na cidade do Porto.
Os Estados Unidos da América são desde 2015 o principal mercado do destino das exportações da cortiça portuguesa, designadamente para rolhas para o “mundo vinícola” e para “materiais de construção”. Em 2016 o principal mercado importador de cortiça nacional volta a ser os Estados Unidos da América, disse João Rui Fernandes. O presidente da APCOR diz-se “feliz” com as conquistas alcançadas ao longo das seis décadas - a APCOR celebrou no dia 6 de Dezembro o 60.º aniversário - mas sublinha que a conferência dedicada ao “debate do futuro da cortiça, serviu não só para celebrar o sector, mas também para “lançar uma vontade de mudança para o futuro”.
O presidente da APCOR lançou também a iniciativa para debater o futuro da cortiça para que os empresários saibam sair da “zona de conforto” porque para se conseguir atingir em 2017 o “número mágico” dos “mil milhões de euros de exportações”, porque, alerta, que se nada for feito, “provavelmente o futuro não será tão brilhante”. Segundo João Rui Ferreira, o objectivo que foi traçado no início do seu mandato foi atingir os mil milhões de Euros.