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Carismático Manuel Serra d’Aire

Não percebo o porquê de tanta risota e admiração com o episódio das inundações no pavilhão multiusos do Entroncamento durante um jogo de futsal entre o Sporting e o Benfica, que até foi televisionado e tudo. Em primeiro lugar, porque o Entroncamento comprovou assim que ainda merece o epíteto de terra dos fenómenos. E em segundo lugar porque um pavilhão multiusos é para isso mesmo, para tudo o que o homem quiser: tanto dá para jogar à bola como para praticar pólo aquático ou exibir coreografias de balde e esfregona. O espectáculo foi entretido e só foi pena que não tivessem arranjado umas cheerleaders jeitosas para agarrar nas esfregonas e limpar o recinto de jogo. Dava outro sainete à coisa.
Correm rumores em Vila Franca de Xira de que na reunião da comissão de acompanhamento da instalação do Museu da Tauromaquia na cidade (para que será tanta gente a acompanhar o processo) houve uma troca de mimos verbais entre o vereador do PSD Rui Rei e o sociólogo e militante socialista Luís Capucha que ia acabando à estalada na rua. Seria um momento memorável, uma reconstituição daqueles duelos românticos do século XIX que por certo tocaria o coração de quem é afeiçoado às tradições, como é o caso dos aficionados. E por alguma razão se dá à tauromaquia também a designação de festa brava. Quando é para debater, que se debata como deve ser. À chapada e pontapé se necessário...
Emblemático Manuel uma das características que mais me fascinam no ser humano é a capacidade que tem para se reinventar, para se transformar e revestir consoante as circunstâncias, e a forma despudorada como consegue projectar e criticar nos outros traços de carácter, inabilidades ou defeitos que lhe são intrínsecos, conhecidos e reconhecidos. Este arrazoado todo para quê? Para confessar a minha perplexidade por ver o anterior presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues, a acusar o seu sucessor (que foi durante muitos anos seu número dois) por causa do “desnorte gravíssimo” que se tem verificado na autarquia nestes últimos três anos. Por coincidência, três anos sem Rodrigues ao leme, como é óbvio...
Ou seja, Rodrigues assume-se como a bússola que agora falta na Câmara de Torres Novas para não se perder o norte na gestão da autarquia. Uma bússola que deixou uma pilha de facturas por pagar e encargos com empréstimos que, diz o seu sucessor Pedro Ferreira, custam 4 milhões de euros por ano ao município. Sendo assim, é caso para dizer que com bússolas dessa qualidade o melhor mesmo é fazer-se navegação à vista para não levar a nau ao fundo.
Ainda não chegámos ao Natal e o meu abdómen já ganhou mais alguns centímetros de diâmetro graças às festas e jantares de Natal, opíparos repastos que começam a ser organizados pouco depois do final do Verão para nos recordar que a grande festa do consumo (perdão, a celebração do nascimento do Menino Jesus) se aproxima a passos largos. Com esta profusão de actividades natalícias estou a ver que vou chegar à noite da Consoada a suspirar por rennies e guronsans e por chá e torradas. Se assim for, pelo menos sempre se poupa no bacalhau e no peru...
Saudações natalícias do
Serafim das Neves

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