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Banda Panic Skanks lança videoclipe sobre a austeridade

Banda Panic Skanks lança videoclipe sobre a austeridade

Banda de Alverca vai fazer seis anos e aposta cada vez mais na música portuguesa

A banda de Alverca, Panic Skanks, vai lançar em Janeiro um videoclip que aborda temas e realidades do tempo em que a Troika esteve em Portugal. A banda de jovens de Alverca assume que o tema do clip está desactualizado, mas que o sentimento de austeridade ainda está presente. “Escrevemos a música ‘Viver a Indiferença’ há dois anos e em Maio de 2016 gravámos o videoclip. A música fala das pessoas que sabem que o país está em crise, sabem que há gente a passar dificuldades mas que não querem saber, são indiferentes. O vídeo transmite essa mensagem, um tipo sentado no sofá a ver televisão, completamente indiferente às notícias”, refere Miguel Cordeiro, guitarrista da banda.
A crise não afectou directamente a banda mas os elementos viveram-na de muito perto. Na altura eram todos estudantes e pairou um sentimento de futuro incerto. Pedro Dias (baixista) teve colegas que abandonaram os estudos pois não tinham como pagá-los. Um dos temas é ‘Estás de Mãos a Abanar’ que é sobre um aparte da vida a estudar para depois não se ter emprego”. Os elementos da banda gostavam de poder viver da música mas sabem que os Panic Skanks serão sempre um complemento à vida profissional.
A banda começou como qualquer outra banda de garagem, a cantar músicas de outros. Após um par de anos juntaram o próprio reportório e decidiram actuar com originais. Algo que fez desaparecer os convites. “Há três anos chegámos a ter uma média de dois concertos por mês. Em Alverca havia vários espaços com música ao vivo, desde a Casa da Juventude à Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense”, referem os músicos, salientando que cada vez há menos espaços a oferecerem música ao vivo.
Em 2014 lançaram o EP ‘Um dia de Cada Vez’, com quatro músicas: Respirar, Mãos a Abanar, Um dia de Cada Vez e Ultimo a Cair. A banda caiu num período sabático e ao aperceberem-se dos poucos ensaios que estavam a realizar decidiram ganhar disciplina e actualmente estão focados em criar novas músicas mas sem descurar a vida profissional. Miguel Cordeiro, de 23 anos, é jornalista na Antena 1, o pai também é repórter e amante de música. Nuno Cruz (bateria) tem 24 anos e trabalha como fotógrafo. Pedro Dias, 21 anos, estuda Estudos Europeus na Universidade de Lisboa. Já o brasileiro Lucas Cunha (vocalista), de 25 anos, estuda artes e é assistente de informação o aeroporto de Lisboa.
Em Março os Panic Skanks celebram seis anos. Começaram através da escola de música Armazém do Rock, localizada em Alverca. Miguel e Lucas foram os primeiros a começar o projecto. Pouco depois Nuno Cruz foi convidado a juntar-se à banda. Mais tarde quando Miguel Cordeiro desejava os parabéns numa mensagem a Pedro Dias pela rede social Facebook, o baixista ‘mostrou-se’ disponível para também ele tocar na banda. “A nossa data de fundação é a 23 de Março porque o Pedro faz anos a 22”, referem Miguel e Nuno.
Ao início começaram por actuar em inglês e português, mas aos poucos tiraram o Punk das músicas e adoptaram em definitivo a língua de Camões. “Somos uma mistura de Xutos e Pontapés com Tara Perdida”, dizem.

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