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Continuar a apostar em Vila Franca de Xira por amor à terra

Continuar a apostar em Vila Franca de Xira por amor à terra

Álvaro Costa é natural da cidade e gerente da Xiracomp e Chip7

Desde a infância que Álvaro Costa mexe em computadores e foi um dos primeiros a dar formação de informática na cidade de Vila Franca de Xira nos anos 90. Diz que a vida está melhor mas que a crise ainda não acabou.

Álvaro Costa, 45 anos, é um rosto conhecido da cidade de Vila Franca de Xira, terra de onde é natural e onde promete continuar a investir apesar das dificuldades. A sua loja, a Xiracomp e Chip7, é uma das principais e mais antigas lojas de informática da cidade.
Hoje luta, como as restantes, por manter o negócio vivo e tem esperança num futuro melhor numa cidade que, lamenta, está em regressão, com várias lojas a encerrar portas recentemente.
“A crise ainda não passou, não sei se está um pouco mais dissimulada ou se já está ultrapassada. As pessoas habituaram-se a viver com a crise e há ainda muita gente a pedir para pagar em prestações ou a optar por modelos mais abaixo das suas necessidades por falta de dinheiro”, lamenta. Álvaro Costa diz que apesar das dificuldades vai continuar a investir na cidade e tem esperança que as coisas melhorem. “A cidade de Vila Franca de Xira não está em expansão, pelo contrário, está em regressão, com muito comércio a fechar. Não há investimento aqui enquanto vemos Alverca a captar todas as lojas âncora das grandes marcas. Elas são marcas que fazem estudos de mercado e vão para Alverca por um motivo. Sou de VFX, gosto da terra e continuo a investir aqui porque gosto de aqui estar”, conta a O MIRANTE.
Álvaro Costa nasceu naquela cidade ribatejana e toda a sua vida foi dedicada ao mundo da informática. Em 1991, quando concluiu o 12º ano, inscreveu-se num programa de formação que o Governo da altura estava a implementar chamado Inforjovem. O objectivo era dar formação aos jovens de então, no sentido de melhor os preparar para as novas tecnologias. O seu primeiro emprego foi a dar formação em informática na Fundação CEBI de Alverca. Mas cedo se apercebeu que havia mercado para a formação de informática e, com a ajuda dos pais, abriu a Xiracomp na rua Miguel Bombarda em Vila Franca de Xira. “Naquele tempo os computadores eram equipamentos caríssimos, rondavam os 300 contos (1500 euros) cada. Comprei quatro. Curiosamente tenho a sensação que naquele tempo mais facilmente as pessoas davam esse dinheiro por um computador do que hoje dão 300 euros por um”, nota.
Há cerca de uma década o empresário decidiu abrir uma loja no Vila Franca Centro mas admite que foi uma aposta errada porque o centro comercial acabou por fechar portas e forçou-o a mudar-se para instalações temporárias na Avenida dos Combatentes, junto à antiga sede da assembleia municipal, onde se encontra actualmente. Isto depois de ter feito um grande investimento na loja do centro comercial. “A aposta no Vila Franca Centro foi errada, fiz um investimento grande quando até estava na dúvida se devia investir na rua ou não, como alguns outros lojistas fizeram. Mas tive sempre a esperança que a câmara viesse a ocupar os pisos superiores do edifício deixando uma galeria comercial no rés-do-chão, o que não veio a acontecer”, lamenta.
Apesar do espaço reduzido a empresa garante qualidade de serviço e bons preços, associados à marca Chip7. “Fazemos a manutenção e reparação a todo o tipo de assistência informática e a tablets. Vendemos todo o tipo de equipamento informático, temos self-service de mail e impressão e temos avenças de assistências em escolas e entidades públicas”, explica.
Álvaro Costa confessa que a informática é uma paixão mas que quando sai do trabalho deixa de falar do assunto. “Gosto mais de desporto e quando saio do trabalho tento pensar noutras coisas”, diz o homem que adora a profissão porque lhe permite estar sempre a aprender coisas novas.
“Na informática não se tem uma profissão monótona, as coisas têm sempre uma evolução brutal e a um ritmo medonho. Tudo o que sabíamos há dez anos está hoje completamente ultrapassado”, conclui. Quando era miúdo sonhava ser piloto de aviões ou jogador de futebol. Nunca quis ter sócios para poder decidir à vontade os destinos da empresa. “Estou enraizado ao papel de empresário, tem coisas boas e más como qualquer actividade. Uma delas é poder decidir à minha vontade, bem ou mal, mas depois levar com as consequências. Gosto do que faço”, conclui.

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