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Ano Novo

A vida numa cidade, vila ou bairro é tanto melhor quanto melhor for a consciência do seu coletivo.

Ano Novo é quase uma expressão mágica envolta por um véu que para além do qual desejamos espreitar e ter boas vistas. Sempre assim é e o resultado final é sempre o mesmo: ao dia sucede-se a noite e o amanhã depende do que somos hoje. Simples, certo e seguro; tudo o resto é bem mais incerto.
Vivemos um tempo de incerteza mas onde o essencial está à parte e por isso é certo. E nesta equação o mais relevante, a grande e boa notícia, é que esse essencial depende somente de cada um de nós.
Uma tertúlia a propósito do centenário do nascimento de Virgílio Ferreira e um jantar com uma amiga ao fim de muitos anos bateram num ponto essencial. A nossa província é grotesca e rude e isto não ajuda nada em tudo, nem na expetativa do novo ano. Virgílio qualificou a sociedade eborense na década de 40 em função do número de porcos de cada um. Em 2017 será muito diferente? Arrisco em dizer que métrica já não se faz em porcos, talvez na cilindrada do carro, mas por aqui é muito parecido. Será em Santarém, Abrantes ou Chamusca diferente? A amiga Nani, uma mulher ainda jovem, andou pelo mundo quase duas décadas. Regressou agora à sua Évora e afirma com convicção que estranha muito a mentalidade e comportamento dos seus concidadãos. Ou seja, para tudo, ou quase, os humanos são a matéria-prima essencial. Com boa matéria prima o resultado final é bom, o contrário também é verdade. Pelo menos nestas coisas não há, aparentemente, milagres, há matemática. Como a matemática às vezes parece um milagre há por aqui, todavia, uma réstia de esperança. Tudo isto para dizer que o essencial, sobretudo localmente, depende totalmente de nós, do tal coletivo. A vida numa cidade, vila ou bairro é tanto melhor quanto melhor for a consciência do seu coletivo, tão certo como a simples aritmética.
Como a consciência de cada um e do todo não muda “por dá cá aquela palha”, 2017 vai ser essencialmente muito igual a 2016. Se olharmos atentos para o dia de hoje sabemos o amanhã. No mínimo é tempo de agradecermos as bênçãos do passado, as do presente e as que nos vão chegar com pensamentos e palavras positivas de forma a construir um otimismo que contribua para propósitos e coisas boas na nossa vida. Cada vez suspeito mais que coisas como saúde, bem-estar, paz e prosperidade não são obra do acaso.
Paz e Bem para todos em 2017.
Carlos Cupeto
Universidade de Évora

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