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Câmara tem de pagar ao Estado para resolver problema de edifício degradado
DEMOLIÇÃO. Casa vai ser deitada abaixo já no início do ano para acabar com insalubridade e insegurança

Câmara tem de pagar ao Estado para resolver problema de edifício degradado

Município de Vila Franca de Xira compra para demolir imóvel da Infraestruturas de Portugal

Casa devoluta é um mau cartão-de-visita para quem entra na cidade e vai ser demolida no início do próximo ano. Um caso de mau exemplo de uma entidade do Estado que custa 40 mil euros ao município.

A Câmara de Vila Franca de Xira vai comprar, por 40 mil euros, um lote de terreno da Infraestruturas de Portugal (IP), onde está localizado um edifício devoluto na entrada norte da cidade, que servia de apoio à praça de portagens da ponte Marechal Carmona. O imóvel está degradado, a autarquia tentou várias soluções e nem sequer conseguiu obrigar a empresa pública a emparedá-lo. Não lhe restou outra solução que foi comprar o espaço.
O espaço, situado junto à Estrada Nacional 10, está fortemente degradado e é, há década e meia, um local insalubre. Além de alguns toxicodependentes que ocupam as instalações, o espaço chegou a albergar tendas de sem-abrigos que ali viviam. Além do lixo acumulado e da casa destruída, o terreno tem árvores que não são podadas há quase uma década e folhagem em bastante quantidade que, de Verão, representa um perigo de incêndio.
A câmara tentou, durante diversas vezes, que a Infraestruturas de Portugal resolvesse o problema da degradação do espaço, já que era a sua proprietária. Já em Setembro de 2014 o presidente do município, Alberto Mesquita, admitia que a melhor solução seria a compra do imóvel já que a IP (então Estradas de Portugal) não parecia interessada em resolver o caso. Nessa altura a empresa prometeu, em declarações a
O MIRANTE, que iria emparedar o espaço mas isso nunca veio a acontecer.
A compra do imóvel, aprovada por unanimidade esta semana em reunião de câmara, permite que a demolição da casa avance já no início do ano. O preço proposto inicialmente rondava os 70 mil euros mas baixou para os 40 mil euros depois da negociação. “Vamos dar uma outra qualidade à entrada norte da cidade e dar sequência a uma zona ajardinada naquele local, porque aquele edifício não tem condições nem qualquer aproveitamento e por isso vai ser demolido. Várias vezes alertámos a IP para resolver aquele problema mas nunca fizeram nada”, lamenta Alberto Mesquita (PS).
O autarca admite que “não faz muito sentido” a câmara ter de comprar um lote para resolver um problema que não é seu mas confessou que se não fosse assim o assunto iria eternizar-se nos gabinetes da empresa pública de gestão de estradas e caminho-de-ferro, com prejuízo para as populações. Algumas das árvores que ali existem vão também ser arrancadas, um trabalho que está já a ser estudado pelo departamento municipal de ambiente.

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