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Muitos habitantes de Abrantes estão contra a demolição do antigo mercado da cidade

Muitos habitantes de Abrantes estão contra a demolição do antigo mercado da cidade

Petição online apela à recuperação de um edifício que está no imaginário da população

Dois habitantes do Abrantes, o arquitecto António Castelbranco e António Cartaxo, colocaram uma petição na internet contra a demolição do edifício do antigo mercado da cidade que considera ser “um marco cultural, patrimonial e histórico que robustece o sentimento de identidade local”.
Dirigida à presidente da câmara, Maria do Céu Albuquerque (PS), assembleia municipal, União de Freguesias de Abrantes. S. Vicente e Alferrarede, a petição, que à hora do fecho desta edição de O MIRANTE já foi subscrita por mais de seiscentos cidadãos, defende a requalificação do edifício.
A possibilidade de demolição do antigo edifício do marcado já era comentada há algum tempo mas a confirmação dessa vontade aconteceu no dia 29 de Setembro com a aprovação do Plano de Urbanização de Abrantes (PUA) onde tal facto está previsto.
O MIRANTE questionou alguns comerciantes que têm negócios naquela zona da cidade e a maioria manifestou-se a favor da preservação do antigo mercado.
Maria João Lopes considera que a demolição não é uma boa ideia, nomeadamente para permitir a criação de mais lugares de estacionamento. Segundo ela há muitos lugares de estacionamento da parte de trás do mercado. “O edifício deveria manter-se porque é histórico e há muitas formas de utilização do espaço”, explica.
Também Luísa Silva considera que se devia preservar o edifício. lembra-se de ir muitas vezes à praça e guarda essas boas memórias. Diz inclusivamente que o dinheiro que foi gasto no novo Mercado Diário deveria ter sido aplicado na recuperação do antigo. “Tinham gasto muito menos e tinham preservado um marco histórico da cidade”, opina.
José Silva está ao balcão de uma padaria nas proximidades do antigo edifício e diz que não tem uma opinião formada sobre o assunto, até porque não sabe se o mesmo tem ou não condições de ser recuperado. “Temos a nossa opinião mas não é uma opinião técnica. Eu gosto do edifício mas teria de ser melhorado.
Mais pragmática é Leonor Ferreira, de 61 anos. “Tudo o que tem um princípio, tem um fim”, diz. No entanto, em vez da demolição preferia a recuperação para utilização em actividades de lazer ou culturais. “Podia servir para exposições de arte, apresentação de peças de teatro e para a realização de outros eventos”.
A ideia de adaptação de uma antigo mercado para actividades culturais não é nova. A antiga Praça do Peixe de Torres Novas foi recuperada para esse fim e o mesmo aconteceu, muitos anos antes, com o antigo mercado do Entroncamento.
Bruno Ferreira é um jovem abrantino de 35 anos que também está contra a demolição. “Penso que é um monumento histórico da cidade que se deveria manter. Apesar de saber que têm que se criar novas vias de acessos à cidade mas devia-se procurar outro tipo de solução. Como temos um novo mercado a funcionar deveriam encontrar-se outras soluções para aquele espaço. Demolir é que não”, afirma.
Márcio Fernandes é de Arreciadas e quando vai a Abrantes passa pelo edifício. “Sei que têm havido ali actividades como a feira da doçaria e algumas festas de estudantes e acho que deveria ser um espaço a ter em conta para várias actividades”, diz.
Quem também é contra a demolição é Eduardo Costa “A demolição a concretizar-se representa um erro histórico. O antigo mercado faz parte da história dos abrantinos e em vez de demolirem é preferível ser recuperado”, defende.

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