Secretário de Estado avisa em Torres Novas que empresas poluidoras serão fechadas
Carlos Martins diz que desenvolvimento não pode ser feito à custa do ambiente. Governante não se referiu a empresas em particular mas diz que não se pode tolerar atentados aos valores ambientais, destacando que o Governo está disponível para trabalhar com os empresários se estes quiserem cumprir as regras.
O secretário de Estado do Ambiente garante, em declarações a
O MIRANTE, que as empresas poluidoras serão fechadas se não começarem a cumprir os requisitos ambientais. Carlos Martins respondeu desta forma quando questionado sobre os casos de poluição em Torres Novas, sobretudo o da Fabrióleo, que tem sido acusada de fazer descargas para as linhas de água. O governante, que fazia uma visita a investimentos da Águas do Ribatejo em Torres Novas, disse desejar que as “empresas funcionem, que criem emprego e que haja desenvolvimento” mas alertou que “isso não pode ser feito à custa do meio ambiente”.
O governante não quer “particularizar nenhuma empresa” e explica que “tem sido feito um trabalho integrado entre todas as entidades”. Carlos Martins refere que desse trabalho “já houve uma série de iniciativas como a limpeza da Ribeira da Boa Água que nos permite um maior foco naquilo que são os factores críticos e uma maior visibilidade de quem são os poluidores”, diz.
Tem havido também um trabalho com o IAPMEI e com o município no sentido de encontrar espaço para, “se assim for o desejo dos empresários, de requalificar instalações e cumprirem aquilo que são os compromissos ambientais e as coisas têm evoluído no bom sentido”, sublinha Carlos Martins.
O secretário de Estado do Ambiente adverte que se não for essa a vontade dos industriais, o caminho vai ser defender aquilo que são os valores ambientais. Quanto às empresas que não cumprem os requisitos nem manifestam vontade de os virem a cumprir as coisas seguem os seus trâmites normais. “Temos de privilegiar o ambiente e o colectivo porque não podemos pôr em causa aquilo que são valores ambientais e civilizacionais”, concluiu.