O Governo vai acabar com as cantinas sociais como já tinha dito a O MIRANTE o Provedor da Misericórdia da Golegã, Martins Lopes. Em sua substituição diz que vai dar cabazes de alimentos.
A esquerda exulta porque considerava as cantinas sociais uma nova versão da sopa dos pobres do tempo da outra senhora quando a miséria era mesmo miséria em Portugal. Eu nunca achei que as cantinas sociais fossem qualquer tipo de Sopa dos Pobres nem que as entidades associadas a esse programa tratassem os cidadãos que a elas eram forçados a recorrer de forma indigna. Antes pelo contrário. Nos casos que conhecia as pessoas eram tratadas com dignidade e respeitadas e era protegida a sua privacidade.
Na minha opinião a entrega de cabazes é apenas uma forma de poupar dinheiro ao Estado (ou seja, é feita por razões economicistas, coisa que a esquerda costuma criticar mas apenas quando não a está a praticar). Ir avaliar quem tem possibilidades de cozinhar e gerir os alimentos que lhe são dados é, isso sim, uma violação de privacidade e algo difícil se não impossível de concretizar. Ter uma cozinha, água e um fogão não é tudo. Há outras questões a ter em conta como tempo, disposição, capacidade de gestão, etc. O meu desejo é que quem já está mal não fique pior por causa destas políticas.
Maria da Graça Santos Vilhena