Carlos Caria diz que O MIRANTE é o primeiro na informação regional
Na Papelaria Caria em Vila Franca de Xira os sinais de recuperação da economia, ainda que muito ligeiros, já se sentem no dia-a-dia e os leitores estão a voltar a comprar. Quem o diz é o proprietário, Carlos Caria. Na cidade de Vila Franca de Xira aquele é um dos locais onde é possível comprar O MIRANTE ou entregar um anúncio classificado para publicação.
Para além da venda de jornais, revistas, jornais, tabaco e raspadinhas, também é possível tirar fotocópias no local. O proprietário da papelaria também ajuda os clientes a preencher o IRS e até na concretização de contratos de arrendamento.
Carlos Caria tem 58 anos e é natural do concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança. Mas vive e trabalha em Vila Franca de Xira há 45 anos. Chegou a ser jogador do Futebol Clube de Alverca e ajudou a organizar o Xira Cup, torneio de andebol que antigamente animava Vila Franca de Xira. Trabalhou como responsável de compras na RTP e despediu-se para embarcar no desafio de implementar a operadora espanhola Telefónica no mercado nacional. “Ao fim de dois anos vi-me no desemprego porque a empresa não facturava o que os espanhóis queriam. Foi então que tive necessidade de abrir qualquer coisa que me garantisse o sustento e abri a papelaria, já lá vão 12 anos”, recorda.
Há dois anos que a papelaria mudou para novas e modernas instalações na rua Professor Reynaldo dos Santos, no centro de Vila Franca de Xira, mesmo ao lado do Minipreço, perto do estacionamento da Quinta da Mina.
“Este sítio é melhor, passam mais clientes e o negócio vai-se desenvolvendo. Não está melhor porque quem nos governa não dá apoio a estas pequenas empresas. Devíamos ter mais apoios ao nível da electricidade, água e internet, por exemplo, poderiam ser mais baratas. Quando o Estado diz que apoia as pequenas empresas é estar a mandar areia para os olhos das pessoas”, critica.
A papelaria Caria está aberta de segunda a sexta das 06h20 às 19h00 e aos sábados, domingos e feriados das 06h20 às 13h00. Os jornais, revistas e raspadinhas é o que mais se vende. O MIRANTE continua a ser a escolha principal dos leitores no que diz respeito à informação regional, mas Carlos Caria nota que as vendas no seu estabelecimento cairam um pouco e explica porque motivo: “Há muita gente que prefere ao sábado comprar o Expresso e como
O MIRANTE vem junto com aquele jornal, escusam de comprar os dois jornais em separado”, revela.
Carlos diz a brincar que a sua papelaria “não é uma biblioteca” e que por isso muito raramente alguém aproveita para ler os jornais ou revistas sem os comprar. O empresário está há oito anos a tentar instalar um posto dos jogos Santa Casa mas um conjunto de problemas burocráticos em Lisboa têm impedido o avanço de todo o processo. “Se concretizar esse projecto até consigo criar aqui mais um posto de trabalho”, revela.