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Falta de médicos leva autarca do Sardoal a apelar ao Presidente da República
Miguel Borges

Falta de médicos leva autarca do Sardoal a apelar ao Presidente da República

O concelho tem mais de 2 mil utentes sem médico de família. Presidente da câmara classifica a situação como terceiro-mundista.

A falta de médicos de família no concelho do Sardoal motivou uma exposição ao Presidente da República por parte do presidente do município Miguel Borges (PSD), que afirma terem-se “esgotado as vias institucionais adequadas à situação”. Na missiva enviada a Marcelo Rebelo de Sousa, o autarca alerta que a falta de médicos de família no concelho, com mais de 50% dos utentes “a descoberto”, arrasta-se “desde 2009”, com “evidente prejuízo de um grande número de pessoas e profundamente lesiva dos direitos constitucionais dos cidadãos”.
O município do Sardoal, com quatro mil habitantes, é um dos 13 concelhos na região do Médio Tejo com maior número de utentes “a descoberto” pela falta de médicos de família (2053 utentes), só suplantado por Abrantes (11.500), Ourém (7.000) e Torres Novas (5.300), segundo números avançados pela directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo.
Miguel Borges justifica a exposição ao Presidente da República “após se terem esgotado as vias institucionais adequadas à situação sem que algo de concreto tenha sido feito”, classificando a actual situação como “terceiro-mundista” e “nada condizente com um país que se quer Europeu, no século XXI”. O autarca já havia manifestado a sua “revolta” quando relatou, no dia 20 de Janeiro, que “uma dezena de utentes, na sua maioria idosos, esperava às 08h00, debaixo de temperaturas negativas, que o Centro de Saúde do Sardoal abrisse para tentar marcar uma consulta”.
Contactada pela Lusa, na ocasião, Sofia Theriaga, directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, disse ter “ao serviço, à data actual, 119 médicos” sendo que, acrescentou, “para dar cobertura total com médico de família a todos os utentes dos 13 municípios, serão necessários mais 16 médicos”.
Na missiva enviada ao Presidente da República Miguel Borges refere que a relação com as autoridades de saúde “tem sido de enorme disponibilidade e colaboração, sem que, ao longo de todos estes anos e de sucessivos Governos, encontre um pequeno sinal que me permita ter algum optimismo ou alguma esperança”.
Paralelamente, o presidente da Câmara do Sardoal solicitou aos Grupos Parlamentares o agendamento de reuniões com os deputados eleitos pelo Círculo de Santarém para análise e discussão da situação.

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