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AREPA promete marcar o ritmo no Carnaval de Samora Correia
animação. Os ensaios já começaram para a grande festa

AREPA promete marcar o ritmo no Carnaval de Samora Correia

“Abram alas deixem a AREPA passar” é o mote da Escola de Samba Unidos da Associação Recreativa do Porto Alto que vai desfilar pela primeira vez e logo no Carnaval mais famoso da região.

O projecto iniciado há um ano por Aurea Stella e Marco Silva na Associação Recreativa do Porto Alto (AREPA) está prestes a dar frutos. Vão ser mais de 60 participantes a desfilar e gritar o nome da colectividade do Porto Alto no Carnaval de Samora Correia, concelho de Benavente. Os pedidos para participação no cortejo continuam a chegar à escola de samba, mas o casal, residente em Samora Correia, já avisou que não consegue meter mais ninguém este ano.
No entanto, a Escola de Samba da AREPA nem sempre motivou tanto entusiasmo. Nos primeiros meses as aulas chegaram a ser dadas com apenas uma pessoa. “Por vezes a Beatriz faltava e ficávamos sem ninguém para treinar, mas nunca desistimos. O Marco sempre afirmou que mesmo que ninguém aparecesse o desfile ia acontecer. Com o início das aulas começou a aparecer mais gente e após o Natal vieram as primeiras enchentes”, refere Aurea.
Nos últimos tempos Aurea tornou-se uma figura conhecida nas ruas de Samora Correia e a pergunta é quase sempre a mesma: “Você é a senhora do samba? A minha criança ainda se pode inscrever na escola?”.
O projecto andava em mente há alguns anos, mas acabou sempre adiado. A decisão de avançar deu-se após uma reflexão sobre o actual Carnaval de Samora Correia. “Queremos dar o nosso contributo. Notamos que o Carnaval em Samora vem a perder encanto. Antes era um evento de grande prestígio para o concelho e ultimamente não se vêem tantos visitantes”, refere Aurea, 42 anos.
Os recursos humanos para o projecto acabaram por vir de dentro da AREPA. O convite foi lançado às várias secções, que “em defesa do clube juntaram-se à escola de samba”. O cortejo vai apresentar um samba-rnredo, um género de samba que conta uma história. A coreografia visa homenagear o ecletismo da AREPA, desde a rodinha do rancho aos passos das danças de salão.
As danças desportivas vão estar na linha da frente. O rancho folclórico tem uma ala só para si, bem como o futebol que terá a participação das mães e irmãs dos jogadores na ala das baianas. A própria direcção estará presente, ainda que não esteja obrigada a sambar. Durante meses a escola ensaiou três vezes por semana, com a palavra de ordem a ser o sorriso, pois nada sério se assemelha ao Carnaval.
O trabalho para vestir e colorir 60 pessoas vai acabar em cima do acontecimento. A escola de samba não procura reproduzir por igual a magia do Carnaval do Rio, mas sim dar uma identidade própria ao certame de Samora. Por isso não vai haver umbigos ou nádegas à mostra. “É perfeitamente acessível ter um Carnaval com brilho, folia, música e glamour, sem a necessidade de nudez, e também não cabe na cabeça de ninguém colocar crianças de 12 anos semi-nuas”, refere Marco, de 43 anos.

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