Há três anos e meio que Manuel Marques é proprietário da Tabacaria Carlitos, no centro histórico de Torres Novas. Comprou o estabelecimento a Alfredo Santos para acumular com a profissão de taxista, outro negócio a que se dedica quando não está na tabacaria.
Motorista da Rodoviária em Fátima durante 18 anos, quando saiu decidiu comprar um táxi e certo dia levou uma cliente para comprar uma ‘cautela’ na loja do já idoso Alfredo. “Fiz-lhe uma proposta e vendeu” a loja, conta Manuel Marques.
O estabelecimento, “seguramente como mais de 30 anos” vende essencialmente tabaco e afins como filtros ou mortalhas, jogo, das raspadinhas ao euromilhões, jornais, revistas, selos e envelopes.
“Contrariamente ao que as pessoas pensam, o negócio do tabaco não é rentável. O comerciante ganha em média 3 cêntimos por cada maço de tabaco que vende. Por outro lado, vender raspadinhas “compensa”. E são esses produtos, o tabaco e as raspadinhas, que chamam os clientes para comprar jornais e revistas,”, explica Manuel Marques.
Em relação aos jornais, explica que os jovens preferem os desportivos e os clientes mais velhos outros jornais. Quanto a
O MIRANTE, o facto de ser distribuído com o Expresso e chegar a casa de muitas pessoas pelo correio, faz com que não seja tão procurado. Na sua opinião devia haver uma maior divulgação dos assuntos mais importantes e dá sugestões como a criação de um expositor próprio. Manuel Marques reconhece no entanto que O MIRANTE vende muito mais na sua papelaria quando traz noticias mais desenvolvidas sobre Torres Novas, refere.
Na tabacaria Carlitos os clientes não se reúnem para conversar. “Isto é um espaço de entra e sai. Ainda me chegaram a dizer para colocar na loja uma máquina de café, mas eu não quis”, admite.