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“Gosto de viver em Torres Novas mas faz-me falta ir a Lisboa”

“Gosto de viver em Torres Novas mas faz-me falta ir a Lisboa”

Rodolfo Nunes, administrador da Ribatel Connect com sede em Santarém

Tem família no Ribatejo e era na Golegã e em Riachos que passava as férias escolares quando vivia em Lisboa. Aos dezanove anos, Rodolfo Nunes veio estudar para o Politécnico de Santarém, casou com uma torrejana e vive em Torres Novas. Gosta da região mas faz-lhe falta a oferta cultural, gastronómica e comercial da capital.

Em novo pensei ser pediatra. Sempre tive jeito para lidar com crianças. Como era bom a matemática acabei por formar-me em gestão de empresas no Politécnico de Santarém mas também em marketing e finanças empresariais.
Fui estudar para Santarém aos 19 anos mas sempre estive ligado à região. Os meus avós são de Riachos, concelho de Torres Novas, e os meus tios da Golegã. Grande parte da minha infância foi passada no Ribatejo. Eu nasci e vivi nos Olivais mas assim que começavam as férias escolares ia para a Golegã. A minha mulher é de Torres Novas, cidade onde vivemos.
Apesar da minha ligação ao campo continuo a gostar muito de Lisboa. Muita gente que é daqui diz que a melhor coisa que há em Lisboa é a placa dizer saída. Não gostam de confusão mas para mim isso nunca foi um problema.
Em termos financeiros viver cá é mais barato mas a escolha é limitada ou inexistente. Eu gosto de ter tudo à mão. De ir ver uma peça de teatro, um bom filme, um jogo de futebol. De ir a um restaurante e de variar. Aqui acabamos por estar limitados quase sempre às mesmas coisas.
Considero-me organizado e sempre gostei da área de gestão. Comecei por experimentar uma vertente mais comercial que desconhecia e as coisas acabaram por correr bem. Trabalhei numa empresa de seguros automóveis, durante cerca de 10 meses, e depois vim para a área comercial depois do convite do meu actual sócio.
Vi crescer a nossa própria empresa e cresci com ela. Há 12 anos criámos a Ribatel Connect que resultou da fusão da Connect Negócios com a Ribatel, uma das empresas de renome no distrito. Comecei pela parte comercial e com o crescimento assumi a direcção daquele sector. Hoje acabo por ter influência em quase todas as áreas, desde a gestão financeira, comercial aos recursos humanos.
Em relação aos meus filhos tento não os condicionar. O rapaz tem 13 anos e anda no teatro e a rapariga tem 10 anos e anda na ginástica. Tento fazer coisas com eles para perceber os seus interesses. É importante apoiá-los para que se sintam bem.
Gosto de ir ao ginásio e faço umas corridas durante a semana. Também Jogo à bola com amigos mas não tenho muito jeito. Para compensar vou com alguma frequência ver os jogos do Benfica. Sou sócio mas não sou fanático como o meu pai, por exemplo, que é capaz de não dormir se o Benfica perde. Para além dos amigos agora tenho uma companhia muito agradável que é a minha filha. Ela é uma fervorosa adepta do clube.
Tenho viajado pouco. Já fui a algumas cidades europeias mas ainda não conheço Paris ou Londres, por incrível que pareça. Fiquei surpreendido com Berlim. Os alemães não são tão frios como aparentam. O ambiente é muito bom. Berlim é uma cidade muito moderna, limpa e com pessoas simpáticas.
Em Portugal gosto essencialmente de praia. Costumo ir à zona de Altura, em Castro Marim, com grandes areais e águas quentes. Também tenho ido para a zona do Carvoeiro, em Lagoa, com praias mais bonitas mas água mais fria. Ir para a costa aqui perto é muito raro.
Leio um livro por ano, nas férias. Não há tempo para ler no resto do ano. Normalmente leio um policial mas já li alguns romances e um ou outro livro sobre economia. Tento ler sobre coisas que não me “estraguem” a cabeça durante as férias.

“Gosto de viver em Torres Novas mas faz-me falta ir a Lisboa”

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