Secretária de Estado elogia curso de conservação do Politécnico de Tomar
Maria Fernanda Rollo falava durante a conferência Diálogos Cruzados que decorreu no instituto
A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, elogiou o trabalho desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Tomar na área da conservação e do restauro patrimonial. Para a governante a instituição, que tem um curso de conservação e restauro, tem-se salientado nesta matéria. Maria Fernanda Rollo falava durante a conferência Diálogos Cruzados que decorreu no instituto.
O presidente do instituto, Eugénio Pina de Almeida, mostrou-se orgulhoso por a sua instituição ser palco da conferência e afirmou que “sempre nos pautámos em promover o convívio entre as pessoas da área das Artes e Humanidades e as pessoas da área das Engenharias”.
Maria Fernanda Rollo destacou também que “a criatividade e a cultura fazem muita falta nas instituições do ensino superior, principalmente na parte de introduzir mais cultura na ciência e também mais ciência na cultura”. Sublinhou ainda que o Politécnico de Tomar tem sido um pólo de progresso nesta área, inserido numa cidade com um “vasto património” tanto material como imaterial.
Mas para a governante é preciso fazer mais do que aquilo que tem sido feito até agora para unir as áreas da ciência, cultura, tecnologia e ensino superior. Neste sentido, têm surgido projectos, como o do directório dos repositórios digitais, que pretende reunir, numa mesma plataforma, os repositórios, dados e informação das diversas chancelas. Na opinião de Maria Fernanda Rollo, “não faz sentido separar aquilo que é intrínseco às diversas áreas”. E uma vez que o levantamento do património das instituições de ensino superior e das instituições de cultura “não tem sido feito de forma sistemática” foi lançado um inquérito às várias instituições para que identifiquem e partilhem o património que detêm.
“Temos que trabalhar sob o ponto de vista da valorização dos contextos regionais, sendo de realçar a importância que as instituições de ensino superior têm neste domínio e, designadamente, os institutos politécnicos”, defendeu ainda a secretária de Estado, destacando a importância dos politécnicos no nosso país e fazendo mais uma vez referência ao papel que o Politécnico de Tomar tem tido na defesa e identificação do património tomarense.
Durante a sua intervenção Maria Fernanda Rollo também se concentrou nos aspectos económicos e financeiros, chamando a atenção para a necessidade de se aproveitarem os fundos comunitários para estas áreas. Alertou que em algumas situações as instituições de ensino e as de cultura não podem concorrer directamente a esses fundos mas apenas empresas. Isto leva a que existam fundos europeus disponíveis para o país “que não têm sido aproveitados”, referiu a secretária de Estado, realçando que a situação pode alterar-se através de uma maior colaboração entre instituições da cultura, da ciência, do ensino superior e o tecido empresarial.
A governante referiu ainda que “ não será seguramente a Fundação para a Ciência e Tecnologia e o Orçamento de Estado que continuarão a financiar totalmente a ciência, tecnologia e ensino superior em Portugal. Neste momento, a partilha dessa missão acontece com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e com outros programas por isso é aí que temos de nos posicionar”, alertou Maria Fernanda Rollo.