Solução para quartel dos Bombeiros de Alverca já não passa pelo antigo cemitério
Alternativa passa agora por fazer um novo edifício noutra zona da cidade. Presidente do município tem “sérias dúvidas” que venha a ser possível desocupar o cemitério de São Sebastião que deveria ser o terreno a usar para a ampliação do quartel dos bombeiros da cidade.
A solução para a falta de espaço do actual quartel dos bombeiros de Alverca só se resolverá com a construção de um quartel de raiz noutra zona da cidade. Fica assim afastada a ideia de se fazerem obras de ampliação do actual edifício para os terrenos do velho cemitério de São Sebastião, desactivado há 25 anos.
A ideia foi defendida na última semana pelo presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que manifestou a disponibilidade da câmara para procurar, na freguesia, um terreno capaz de receber um quartel totalmente novo. “Tenho sérias dúvidas que consigamos remover os jazigos do cemitério e disponibilizar o espaço. Não vale a pena prometer isso, mesmo em tempo de eleições, se sabemos que isso não vai ser possível. Estamos disponíveis para encontrar um terreno na cidade em que se possa construir um quartel de raiz”, anunciou o autarca.
Até porque, considerou, o actual quartel, inserido na malha urbana de Alverca, tem um conjunto de problemas que só se resolvem com a sua mudança para a periferia. A principal delas, as complicações de espaço e trânsito. “Pode até haver a possibilidade dos bombeiros alienarem o espaço do actual quartel e com isso conseguir-se financiamento para avançar com a obra”, refere. A necessidade de um novo quartel é há muito falada mas poucos passos têm sido dados com vista à sua resolução até porque há outras situações que têm sido consideradas mais urgentes de resolver, como Vialonga, em que o concurso público para a obra do novo quartel já está em curso.
A ideia inicial era utilizar os terrenos do desactivado e abandonado cemitério de São Sebastião, situado mesmo ao lado do quartel, para ampliar o edifício. Mas a desocupação está a ser complicada devido às campas e jazigos perpétuos ali existentes. “Havia um estudo de ocupação do antigo cemitério mas limitava-se a ser uma simples ideia de ocupação massiva de todo o cemitério e isso será complicado de se conseguir”, lamenta Alberto Mesquita.
Tal como O MIRANTE já noticiara, o velho cemitério de Alverca tem campas levantadas, covas por tapar e ossários vandalizados. A primeira ordem para construir o cemitério da cidade surgiu em 1835. As campas mais antigas situadas naquele local são datadas do século XIX.