Painéis publicitários da Junta de Vila Franca de Xira dão discussão na assembleia
Autarquia ficou com quatro outdoors como pagamento de uma dívida
A colocação de publicidade institucional da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira em quatro ‘outdoors’ que tem na cidade voltou a ser questionada pela bancada do PS na última reunião da assembleia de freguesia, tendo sido mesmo defendida a utilização dessas estruturas para outro tipo de comunicação. A maioria CDU na junta, pela voz do vogal João Conceição, disse que se trata de uma forma de apresentar “os eventos que estão no plano de actividades, previstos no orçamento apresentado para 2017, e que têm de ser comunicados à população”.
João Conceição explicou que desde 2014 a Junta de Vila Franca de Xira desenvolve comunicação institucional em diversas formas – mupis, plataformas digitais e outras – e que a última forma a ser adoptada foram quatro ‘outdoors’ de oito por três metros, localizados nas entradas norte e sul da cidade, bem como na Avenida General Humberto Delgado. “Estas quatro estruturas são propriedade da junta, pelo que ficarão no seu património para um dia mais tarde usar, como hoje é usado em comunicação institucional, ou até, eventualmente, vender a algum operador de publicidade que queira comprar aquela posição ali”, esclareceu João Conceição.
A junta comprou estas quatro estruturas, como esclareceu o vogal do executivo, através de um acordo de pagamento de dívida: havia uma empresa de publicidade que, incapaz de pagar as taxas devidas, fez uma proposta ao executivo e a solução veio na forma de pagamento por via da propriedade daquelas estruturas.
Segundo João Conceição, o que a junta faz com estes outdoors “é o que todos os órgãos políticos, as autarquias fazem: comunicam com a população”. Nos outdoors só são apresentados, segundo ele, “os eventos que estão no plano de actividades, previstos no orçamento apresentado para 2017, e que têm de ser comunicados à população”.
Mas João Trindade, da bancada do PS, defende que a junta podia usar esses outdoors para ceder publicidade a terceiros, e com essa cedência encaixar receita extra. Perante isto, André Nunes, da bancada da CDU, defendeu uma posição contrária: “Causa-me estranheza esta posição de que as iniciativas da nossa junta não devem ser comunicadas, usufruindo de uma artéria essencial, como é a Nacional 10, para publicitar aquilo que se faz nesta cidade, procurando resolver o problema dos pequenos comerciantes, que têm sido deixados ao abandono, e procurando trazer pessoas a Vila Franca e com isso aumentar o comércio e trazer vida à nossa cidade”.