Orçamento municipal cresce em Vila Franca de Xira e passa barreira dos 62 milhões
Investimento camarário vai representar 28 por cento do total da despesa
A Câmara de Vila Franca de Xira aprovou o seu orçamento para 2018 que será de 62,8 milhões de euros, superior em 2,79 por cento (%) ao orçamento anterior. A CDU votou contra, o Bloco de Esquerda absteve-se e o PS e a Coligação Mais (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) votaram favoravelmente.
Entre as várias obras e projectos previstos destacam-se a requalificação da escola básica nº1 do primeiro ciclo de Vialonga, a requalificação do Celeiro da Patriarcal, dinamização do Banco da Coesão Social, criação do Gabinete de Acessibilidades, construção do parque ribeirinho Moinhos da Póvoa, requalificação do terminal rodo-ferroviário de Alverca e a adaptação do troço da Estrada Nacional 10 entre Alverca e a Póvoa de Santa Iria numa avenida urbana.
É um orçamento “prudente” e “equilibrado”, nas palavras do presidente Alberto Mesquita (PS), presidente do município. O investimento representa 28% da despesa municipal prevista para o próximo ano, que será financiado de forma “significativa e relevante” pelas receitas correntes a arrecadar pelo município.
O orçamento prevê também investimentos com financiamento comunitário do programa Portugal 2020 em montante superior a 11 milhões de euros. Alberto Mesquita voltou a “recusar” o empolamento das receitas. “Temos uma visão clara para o nosso concelho, assentando em cinco eixos fundamentais: um concelho participado, inclusivo, sustentável, com identidade e competitivo. Priorizando a educação, cultura, desporto, solidariedade, apoio ao movimento associativo, requalificação urbana e a qualificação e modernização do espaço público”, notou o presidente.
Oposição diz que é mais do mesmo
A vereadora Regina Janeiro, da CDU, lamentou que os socialistas não tivessem tido em conta um conjunto de medidas e sugestões apresentadas pela sua força política e notou que este é mais um “orçamento de continuidade” que não traz respostas às novas necessidades da população. Lamentou que o orçamento participativo previsto para o próximo ano vá avançar sem ter a opinião dos moradores e defendeu um programa de incentivo ao investimento, bem como uma melhor política de promoção dos transportes, maior dinamização das quintas municipais e um museu da tauromaquia em que, criticou, “nada se adianta”.
O Bloco, que se absteve, também notou que se trata de um orçamento de continuidade e lamentou que não fosse mais ambicioso. Carlos Patrão defendeu que o município adquirisse, por cerca de 400 mil euros, dois equipamentos de monitorização da qualidade do ar, para, “de forma independente”, controlar e monitorizar as emissões de monóxido de carbono, óxidos de azoto e enxofre junto a algumas fábricas do concelho. Alberto Mesquita admitiu “avaliar” a ideia.
SMAS com 18 milhões de orçamento
Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Vila Franca de Xira apresentaram também um orçamento para o próximo ano pautado pelo “rigor e contenção”, de 18,5 milhões de euros. O documento prevê a renovação das infraestruturas do concelho e ao nível do saneamento a “renovação e expansão” da rede de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais do concelho.