Mobilização contra fecho da estação dos CTT de Alferrarede
Está em curso uma campanha de recolha de assinaturas contra o encerramento desse serviço para entregar na Assembleia da República. Autarcas dizem que o serviço tem de manter-se onde está e são os CTT quem tem de assumir os seus custos de manutenção e funcionamento.
Autarcas, empresários e munícipes de Abrantes apelaram na sexta-feira à mobilização popular contra o anunciado fecho da estação dos CTT de Alferrarede e avançaram com uma campanha de recolha de assinaturas para entregar na Assembleia da República.
“Não aceitamos de modo nenhum o fecho desta estação dos CTT em Alferrarede, não estamos disponíveis para outro cenário que não seja o da manutenção desta estação, e iniciamos hoje uma campanha de recolha de assinaturas por todo o concelho para entregar à administração dos CTT e ao presidente da Assembleia da República para promover o debate no Parlamento e a devida intervenção do Governo”, disse o presidente da União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, Bruno Tomás.
Em conferência de imprensa realizada nas instalações dessa União de Freguesias, Bruno Tomás, acompanhado dos vereadores Manuel Valamatos, Armindo Silveira (BE), e Rui Santos (PSD), dos presidentes das 13 freguesias do município, do coordenador distrital da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), Joel Marques, e de representantes da comissão de utentes dos serviços públicos, empresários e outras forças vivas do concelho, passou em revista as diligências feitas nos últimos dias que não demoveram a administração dos CTT de fechar aquela estação por questões, afirmou, “economicistas”.
A campanha de recolha de assinaturas começou ali mesmo, num documento que refere que “não só os cidadãos de Alferrarede mas também de localidades vizinhas exigem que se mantenha em funcionamento o posto CTT”, tendo Bruno Tomás reafirmado que a actual estação, instalada numa freguesia com 18.400 habitantes e com três funcionários, “tem de manter-se no edifício onde está, e são os CTT quem tem de assumir os custos de manutenção e funcionamento do serviço público”.
Autarcas intransigentes não aceitam alternativas
“Não estamos disponíveis para qualquer outro cenário que não seja o da manutenção daquela estação, naquele local. Não aceitamos a proposta de passar de estação para posto de correios, com a perda de valências, nem na junta de freguesia nem em outro local”, afirmou o autarca. E acrescentou que, além da estação em causa, existe apenas uma outra no concelho, no centro histórico da cidade, e dois postos dos correios mas sem as mesmas condições de estacionamento e mobilidade para as pessoas.
“Exigimos a manutenção das duas estações e dos dois postos existentes porque é o necessário para a prestação satisfatória do serviço público de proximidade e, se o abaixo-assinado não resultar, vamos todos a Lisboa realizar uma manifestação de protesto”, assegurou.