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Rio Maior ganhou corrida pela fábrica da farmacêutica Generis
Foto O MIRANTE - Isaura Morais

Rio Maior ganhou corrida pela fábrica da farmacêutica Generis

Indústria vai instalar-se no Parque de Negócios da cidade cujo Plano de Pormenor será alterado.

A farmacêutica Generis vai construir uma fábrica em Rio Maior, que assim ganhou a corrida a outros concelhos, entre eles o de Santarém. A Câmara Municipal de Rio Maior aprovou na sua última reunião do executivo uma alteração ao Plano de Pormenor do Parque de Negócios que, na prática, vai permitir a fusão de vários lotes e assim criar condições para a instalação da unidade de processamento e embalagem de medicamentos.
A Generis acordou com a DEPOMOR, sociedade gestora do Parque de Negócios, a aquisição de um conjunto de lotes com cerca de 88.000 m2 de área global. O prazo máximo para a conclusão da alteração do Plano de Pormenor do Parque de Negócios é de oito meses, sendo o processo acompanhado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. A autarquia espera já ter obras no terreno no próximo Verão.
“O investimento da Generis em Rio Maior deve, segundo as expectativas da empresa, permitir o aumento da sua actividade de exportação para os vários mercados em que opera, criando cerca de 100 postos de trabalho directos nesta unidade fabril, fruto de um investimento que deverá ultrapassar os 15 milhões de euros”, afirma a Câmara de Rio Maior em comunicado.

Declaração de voto gera polémica
O assunto foi aprovado por unanimidade mas não deixou de suscitar alguma polémica já que o vereador do PS João Teodoro Miguel apresentou uma declaração de voto onde deixou no ar algumas dúvidas quanto a eventuais efeitos ambientais da instalação da fábrica.
Essa intervenção motivou uma reacção indignada tanto do vice-presidente Filipe Santana Dias (PSD/CDS) como da presidente da câmara Isaura Morais (PSD/CDS), que acusaram o vereador da oposição de usar a figura da declaração de voto - e não uma intervenção a pedir esclarecimentos antes da votação - por não estar interessado em obter respostas às dúvidas que tinha. “O senhor está a brincar connosco num assunto desta relevância, em que andamos a trabalhar há tanto tempo”, atirou Isaura Morais. Já a vereadora Ana Filomena Figueiredo (PSD/CDS) acusou o vereador eleito pelo PS de deixar suspeições no ar.
Filipe Santana Dias foi o mais duro e exaustivo. “Jamais votaria favoravelmente um ponto se tivesse as dúvidas que o senhor apresentou e que tem toda a legitimidade para ter. Mas se as tem devia tê-las expresso em intervenção e não em declaração de voto. O que o senhor está a fazer é querer evitar esclarecimentos e deixar no ar um jogo político que eu não estou disponível para jogar. Na minha opinião isso não é sério!”, afirmou o vice-presidente.
João Teodoro Miguel respondeu referindo que vai haver um período de discussão pública sobre o projecto que permitirá esclarecer dúvidas e, antes, justificara o voto favorável por considerar que é um investimento importante para o concelho.

Santarém também esteve na corrida
A Câmara de Santarém também esteve na corrida pela captação do investimento da Generis, como confirmou o presidente desse município, Ricardo Gonçalves (PSD), na última reunião do executivo.
A portuguesa Generis foi comprada no início do ano passado pela farmacêutica indiana Aurobindo Pharma, por 135 milhões de euros, através da subsidiária holandesa Agile Pharma. A Generis já tem uma unidade de produção da Amadora com capacidade para fabricar 1,2 mil milhões de comprimidos/cápsulas por ano. A empresa tem um amplo portfólio de produtos com grande participação nas áreas terapêuticas de cardiovascular, anti-infecciosos e sistema génito-urinário de medicamentos..

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