Utentes madrugam à porta do Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria
O pleonasmo “ver claramente visto”, usado por Camões num dos seus sonetos, serve como uma luva a esta reportagem. Não é todos os dias que um jornalista se encontra às seis e meia da manhã com os seus entrevistados para mostrar aos leitores que aquilo que se ouve sobre pessoas terem que ir muito cedo para os centros de saúde para terem vaga para uma consulta é mesmo verdade. E isso acontece na Póvoa de Santa Iria às pessoas que não têm médico de família e que por isso não podem marcar as consultas antecipadamente por telefone ou pela internet. Que o Centro de Saúde diga que as pessoas não precisam de estar lá tão cedo é compreensível mas não convence. E também não percebo a crítica às pessoas que vão para lá só para mostrar exames. Então como fazem para os mostrar?
Carlos Alberto Seco