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Futuro da marina de Vila Franca de Xira nas mãos da câmara
Foto O MIRANTE - INCERTEZA. Até final de Janeiro deverá ficar definida uma solução temporária para que a cidade não fique sem marina

Futuro da marina de Vila Franca de Xira nas mãos da câmara

Em causa está a possibilidade da marina da cidade ser encerrada por dívidas do clube à construtora do espaço. Clube já admitiu que não pode pagar e despesa vai acabar por ter de ser paga com dinheiros públicos.

O futuro da marina de Vila Franca de Xira, gerida pela União Desportiva Vilafranquense (UDV) no jardim Constantino Palha, vai permanecer em suspenso e novidades só deverão surgir no final de Janeiro, depois de ter lugar uma reunião tripartida que vai ser realizada com todas as partes envolvidas no imbróglio.
Em causa, recorde-se, está a possibilidade da cidade ficar sem a marina, depois do construtor ameaçar retirar os pontões que permitem a atracagem dos barcos, uma medida extrema de uma empresa – Lindley - que está há décadas há espera de receber quase 287 mil euros.
O clube e a câmara já se encontraram para discutir o problema – que Alberto Mesquita já reputou de “complicadíssimo” - e ficou decidida a realização de uma reunião a três, entre câmara, construtor e clube, para se tentar encontrar uma solução. O município já terá mostrado abertura para, nessa reunião, encontrar uma solução que seja “suportável e aceitável” para todas as partes. Mas algumas vozes no interior do executivo camarário especulam que, no limite, terá de ser a câmara a aprovar um apoio extraordinário a conceder ao clube para que este possa pagar a dívida. É que a UDV já veio dizer que não consegue pagar o que é pedido e a câmara acabar por pagar já foi uma solução encontrada no passado para resolver outros casos semelhantes a este no concelho, em que estavam em causa equipamentos públicos.

Dinheiro dado pela câmara não chegou ao construtor
A marina tem capacidade para 84 embarcações e o problema foi suscitado pelo construtor no final do ano, em carta enviada à UDV, fazendo notar que, se o pagamento não se concretizar em breve, irá levantar os pontões da estrutura. A obra, que há anos era reclamada pela população e foi depois construída para ser gerida pelo clube, era para ser paga pelo UDV e pela câmara municipal.
Aquando da conclusão da obra, em 2003, o município terá entregue ao então presidente do clube – falecido em 2017 - um cheque com a comparticipação financeira da câmara, que ronda os 170 mil euros, para que o pagamento ao construtor fosse realizado. Mas tal não terá acontecido e a documentação da época está em parte incerta. 
Agora a comissão administrativa que gere a UDV – clube que ainda está a braços com dívidas às Finanças - foi confrontada com o problema e já assumiu publicamente que não tem capacidade para pagar o que é pedido. Alberto Mesquita já tinha defendido também que a marina é “estratégica para a cidade” e lembrou que a autarquia já investiu na zona bastante dinheiro, nomeadamente ao nível do desassoreamento do rio Tejo, para permitir a navegabilidade e atracagem de embarcações de maiores dimensões.

Futuro da marina de Vila Franca de Xira nas mãos da câmara

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