Trabalhadores e administração da Panpor chegaram a acordo
Os trabalhadores da fábrica de produtos alimentares Panpor, em Rio Maior, chegaram a acordo com a administração da empresa, que assumiu voltar a contabilizar a meia hora diária para almoço como tempo de trabalho, divulgou o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB).
Os trabalhadores iniciaram no dia 8 uma greve de meia hora por turno, que se prolongou até ao dia 20, em protesto contra “o tempo que são obrigados a trabalhar sem remuneração para além das 8 horas de trabalho diário, em que se inclui a meia hora de refeição determinada pela empresa, a qual não é verdadeiramente tempo de refeição, mas sim tempo de trabalho” disse o sindicalista Rui Matias.
No final de uma reunião com a administração, Rui Matias revelou que, em relação aquele que “era o principal ponto” de separação de posições, “foi conseguida uma presunção de acordo em que a administração fez uma proposta para que grande parte dos trabalhadores veja essa meia hora introduzida no seu horário de trabalho”.
A medida deixará ainda de fora alguns funcionários “com turnos de menor dimensão”, mas garantiu que o SINTAB continuará “as negociações para que venham a ser abrangidos ainda em 2018”.
No encontro as partes chegaram ainda a acordo relativamente aos “subsídios de frio”, outra das reivindicações dos trabalhadores, que agora a administração decidiu implementar. Da paralisação resultou ainda a decisão de “fixar o salário mínimo em 600 euros”, o que representa para alguns dos funcionários “um aumento de 40 a 50 euros”, bem como de fixar o aumento salarial para todos os trabalhadores em 20 euros, acrescentou Rui Matias.