Existem mais de 12 focos de poluição no rio Nabão
Presidente da Câmara de Tomar diz que resultados das análises vão ser publicados quando estiverem concluídos na totalidade.
Foram identificados mais focos de poluição no rio Nabão além dos 12 iniciais que já se conheciam. A informação foi dada pela presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), que explicou que ainda não possuem a totalidade dos resultados das análises efectuadas à água. “Quando tivermos todos os resultados das análises os mesmos vão ser publicados nos sites das Câmaras de Tomar e Ourém e no sítio da Agência Portuguesa do Ambiente [APA] na Internet”, disse. A autarca respondia às questões levantadas pelo munícipe e ambientalista Américo Costa, durante a última reunião do executivo camarário.
Anabela Freitas explicou ainda que os primeiros resultados que obtiveram das análises à água do Nabão apenas detectaram coliformes fecais acima do normal. “Fizemos um pedido de segundas análises para determinarmos a origem destes coliformes, se são de origem animal ou humana”, afirmou. Referiu também o facto das condutas de água, antigas, terem sido construídas em leito de cheia ou perto de linhas de água, o que pode originar permeabilidade dos solos. Anabela Freitas disse que vão aguardar as conclusões da APA e dos municípios envolvidos para tomarem uma decisão sobre que medidas tomar. A autarca informou que as acções de fiscalização já estão a ser feitas para detectar todos os focos de poluição que têm afectado o rio.
Recorde-se que, como O MIRANTE noticiou (ver edição 8 Março 2018) a Câmara de Tomar apresentou queixa contra desconhecidos na APA, GNR e PSP devido aos “evidentes” focos de poluição que atingiram o rio Nabão desde o dia 1 de Março. O município recolheu amostras de água que enviou para um laboratório certificado.
Por seu lado, a Câmara de Ourém rejeitou qualquer responsabilidade na poluição do Nabão. “Neste momento não temos qualquer dado que nos indique que a alegada fonte poluidora está no nosso concelho”, afirmou o vice-presidente da autarquia de Ourém na altura. Segundo Natálio Reis, “o município não tem registadas junto ao troço do rio Nabão que atravessa o concelho indústrias poluentes que possam ter provocado a queixa do município de Tomar”.