Chuvas fortes podem ter causado descarga na Póvoa de Santa Iria
Autoridades continuam a apurar o que sucedeu junto ao parque ribeirinho
O excesso de caudal de efluentes que deu entrada na estação elevatória do Forte da Casa, da responsabilidade da Águas do Tejo e Atlântico (ATA), causado pelas chuvas intensas que atingiram o concelho de Vila Franca de Xira no dia 12 de Março, poderá ter estado na origem da alegada descarga poluente verificada na zona do parque ribeirinho da Póvoa de Santa Iria.
A informação foi avançada na última reunião pública da Câmara de Vila Franca de Xira onde o vereador José António Oliveira, também presidente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), apesar de “não apontar o dedo” àquela entidade, frisou que essa poderá ser uma das explicações para a descarga, que o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente e a Agência Portuguesa do Ambiente estão a investigar.
A situação gerou preocupação e indignação na população, que registou o momento em fotos e vídeos. “A semana passada tivemos uma reunião com a ATA onde colocámos algumas preocupações e essa foi uma delas”, explicou José António Oliveira.
O autarca diz que também a câmara perguntou à ATA o que se terá passado. Mas a edilidade acredita poder ter-se tratado de uma incapacidade das bombas enviarem todo o caudal para a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Alverca devido ao elevado fluxo causado pela chuva. Um fluxo elevado de efluentes que, sem capacidade de ser bombado, acabou por desaguar sem tratamento no Tejo.
“Não podemos dizer com certeza que foi isto. Vamos ter uma reunião com aquela entidade e queremos ter respostas deles, para perceber se os problemas estão nas bombas ou não. É uma possibilidade e não uma certeza”, explicou.
O autarca respondia às dúvidas levantadas pelo vereador Carlos Patrão, do Bloco de Esquerda, que quis saber quais as últimas informações que o município dispunha sobre o problema.